Irmã do líder norte-coreano aparece em público, após notícias de afastamento

Kim Yo-jong é a segunda figura incluída numa alegada purga do regime norte-coreano que aparece esta semana ao lado de Kim Jong-un.
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A irmã mais nova do líder norte-coreano Kim Jong-un apareceu em público, lançando dúvidas sobre a especulação dos 'media' quanto ao seu afastamento após o fracasso da cimeira de fevereiro com os EUA.

Kim Yo-jong marcou presença junto do irmão nos icónicos "Jogos em Massa" de Pyongyang, a sua primeira aparição pública nos últimos dois meses.

Os meios de comunicação social estatais da Coreia do Norte mostraram esta terça-feira Kim Yo-jong a bater palmas junto do irmão e de outras autoridades no estádio de Pyongyang, num evento com milhares de ginastas e dançarinos e uma multidão num espaço com capacidade para 150 mil pessoas.

Também o oficial norte-coreano Kim Yong-chol, que alegadamente teria sido condenado a trabalhos forçados na sequência da cimeira em Hanói entre o presidente dos EUA e o líder norte-coreano, compareceu ao evento, adiantou a imprensa local

As publicações norte-coreanas já haviam mostrado imagens de Kim Yong-chol sentado na mesma fila de Kim Jong-un, durante uma apresentação musical das mulheres dos oficiais do Exército Popular da Coreia.

O presidente Donald Trump e Kim Jong-un encurtaram a cimeira de Hanói, sem qualquer acordo e sem uma declaração comum devido à impossibilidade de entendimento sobre o desmantelamento do programa nuclear de Pyongyang em troca de um levantamento das sanções económicas.

Desde então, o Norte realizou já dois testes de mísseis de curto alcance e sem que Trump revelasse publicamente alguma preocupação com esse facto.

Em abril, a comissão parlamentar sobre informações sul-coreana afirmou que Kim Yong-chol tinha sido sancionado pela gestão da cimeira de Hanói, apesar de ter sido recentemente nomeado para a Comissão de Assuntos de Estado, o primeiro órgão do Estado norte-coreano, presidida pelo líder do regime e herdeiro da 'dinastia' Kim.

As notícias sobre a alegada purga foram publicadas após o Rodong Sinmun, órgão oficial do partido no poder na Coreia do Norte, ter advertido quinta-feira que os responsáveis que cometam atos hostis ao partido ou antirrevolucionários seriam confrontados com o "julgamento severo da revolução".

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