A medida tornou-se conhecida depois de a rede de hotéis chinesa Vienna Hotels, que opera 2.500 propriedades em todo o país, ter reclamado nas redes sociais..O ministério chinês dos Assuntos Civis confirmou hoje que a campanha está em andamento, mas disse que alguns governos locais não estão a implementar as novas normas com precisão..Em comunicado, o ministério manteve a posição de que os nomes estrangeiros têm uma influência social negativa e que devem ser erradicados..A mesma nota, difundida no portal oficial do ministério, acrescentou que, para além de nomes estrangeiros, nomes "estranhos, repetitivos ou megalómanos" também devem ser alterados..Os governos locais, desde a Mongólia Interior até à ilha de Hainan, no extremo sul do país, receberam já instruções..Na semana passada, o Gabinete dos Assuntos Civis de Hainan publicou no seu portal a lista de 84 nomes de hotéis, bairros, cinemas, estradas e pontes, em dez cidades, três condados e uma zona de desenvolvimento económico, que teriam de ser alterados por várias razões, incluindo a "veneração e uma fé cega em coisas estrangeiras"..Quinze dos 84 nomes referidos são hotéis geridos pelo grupo Vienna Hotels..Na rede social Weibo, o Twitter chinês, o grupo hoteleiro disse que apresentou uma reclamação ao Departamento dos Assuntos Civis de Hainan e que aguarda resposta..A marca do grupo está registada para o período entre 2012 a 2022, detalhou..Internautas têm desdenhado a campanha, comparando-a à ortodoxia ideológica da Coreia do Norte, país hermético, que é vizinho da China e um aliado comunista..Em abril passado, o ministério dos Assuntos Civis e cinco outros ministérios afirmaram que os nomes dos locais devem "servir os direitos soberanos nacionais" primeiro.."Se hotéis e bairros têm nomes estrangeiros, eles podem não parecer patrióticos aos olhos das autoridades, que gostam de manter tudo sob controlo", comentou a romancista chinesa Zhang Lijia..Cadeias internacionais de hotéis como Hilton, Sheraton e Intercontinental estão isentas.