Caixão de Tutankamon restaurado pela primeira vez desde que foi descoberto

Ministro das antiguidades egípcias diz que o "caixão está em muito mau estado" e "nunca tinha sido restaurado" desde que foi descoberto por Howard Carter em 1922
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Pela primeira vez desde que foi descoberto pelo britânico Howard Carter, em 1922, o túmulo de Tutankamon vai ser alvo de uma restauração, que durará oito meses.

"O ataúde está em muito mau estado. Nunca foi restaurado antes e foi simplesmente deixado dentro do túmulo submetido à humidade, calor e erosão", explicou o ministro das antiguidades egípcias, Jaled el Anani.

O caixão fez uma viagem de 500 quilómetros até ao Grande Museu Egípcio, perto das pirâmides de Gizé, onde a sua exposição está prevista para o final do próximo ano, após uma sucessão de adiamentos. "Fizemos uma intervenção de primeiros socorros no caixão, depois transferimo-lo para o museu. Mantivemo-lo em isolamento por sete dias. A fumigação começou há poucos dias e durará três semanas", adiantou El Anani.

Tutankamon terá nascido em 1346 antes de Cristo (A.C.) e morreu em 1327 A.C., aos 19 anos, tendo reinado entre os anos de 1336 e 1327 A.C.. Sucedeu ao seu pai, o faraó Akhenaton, mas tem suscitado várias dúvidas entre os egiptólogos.

Tutankamon foi o último faraó da XVIII dinastia e durante o seu curto reinado recuperou Memphis como capital do Egito e retomou o politeísmo, abandonado pelo pai, que proclamara Aton como o único deus.

O túmulo de Tutankhamon, no Vale dos Reis, atual Luxor, descoberto em 1922, foi o primeiro de um faraó encontrado intacto, pois todos os outros túmulos reais tinham sido saqueados em maior ou menor grau séculos atrás.

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