Índia: tribunal condena homens por violarem e matarem menina de 8 anos

Criança, de comunidade muçulmana nómada de Caxemira, foi drogada, mantida em cativeiro num templo e abusada sexualmente durante uma semana antes de ser estrangulada e espancada até à morte.

Um tribunal indiano condenou esta segunda-feira seis homens envolvidos na violação e no assassínato de uma menina muçulmana de 8 anos, no estado de Jammu e Caxemira, na Índia, no ano passado, revelou um advogado de acusação.

O caso provocou indignação e críticas ao partido governante do país depois de alguns dos seus militantes se terem oposto às acusações.

A menina, de uma comunidade muçulmana nómada que percorre as florestas de Caxemira, foi drogada, mantida em cativeiro num templo e abusada sexualmente durante uma semana antes de ser estrangulada e espancada até à morte com uma pedra em janeiro de 2018.

O sequestro, violação e assassinato da criança faziam parte de um plano para erradicar a comunidade nómada da área, de acordo com a acusação de 15 páginas.

Entre os acusados estão um sacerdote hindu e agentes da polícia, o que fez crescer as tensões entre hindus e muçulmanos na região.

"Esta é uma vitória da verdade", afirmou o advogado de acusação M. Farooqi aos jornalistas, no exterior do tribunal. "A menina e a sua família tiveram justiça hoje. Estamos satisfeitos com o julgamento."

A procuradoria pediu a pena de morte para três homens - o sacerdote Sanji Ram, Deepak Khajuria e Parvesh Kumar - que foram condenados por violação e assassinato, explicou Farooqi. Outros três indivíduos, Surinder Kumar, Tilak Raj e Anand Dutta, foram condenados por crimes menores de destruição de provas.

O advogado que lidera a equipa que representa os acusados, AK Sawhney, disse aos jornalistas que planeiam apelar do veredicto.

O caso chocou a Índia, que tem um histórico terrível de violência contra mulheres e meninas, e levou à introdução da pena de morte para violadores de meninas com menos de 12 anos.

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