Hillary Clinton abre a porta a nova candidatura: "Eu gostaria de ser presidente"
Questionada sobre a possibilidade de recandidatar-se à Casa Branca em 2020, Hillary Clinton começou por dizer "não", fez uma pausa, sublinhou o "não" e terminou a dizer: "bem, eu gostaria de ser presidente". A declaração foi feita numa entrevista gravada para o podcast norte-americano Recode Decode, na semana passada.
"Eu acho que, esperançosamente, quando tivermos um democrata no sala oval em janeiro de 2021, haverá muito mais trabalho a ser feito", continuou. A conversa foi conduzida por Kara Swisher, que fez questão de não deixar por questionar uma nova candidatura da democrata na corrida à presidência dos Estados Unidos.
Hillary Clinton apontou o dedo a Trump, como culpado por grandes danos na posição internacional do país. Esse garantiu ser um "trabalho pesado", para o qual se sente "muito bem preparada", "tendo estado no Senado por oito anos, sendo diplomata do Departamento de Estado".
No início de outubro, durante uma entrevista ao Politico sobre o regresso de Clinton à corrida, o seu consultor e assessor Philippe Reines disse que as hipóteses se situam entre o "altamente improvável e zero". Reforça, contudo, que isso não significa que são "zero". "É curioso", explicava,"porque o nome de Hillary Clinton não está na lista - seja em conversas ou em pesquisas formais - de candidatos a 2020".
Mas durante esta última entrevista, Hillary acabou por abrir portas a esta possibilidade.
A conversa aconteceu dois dias depois de as autoridades norte-americanas terem detetado e intercetado explosivos endereçados ao casal Clinton, bem como a Obama e à estação CNN. Como um dos alvos do suspeito, Clinton começou por agradecer à intervenção dos serviços secretos e do FBI e por criticar a falta de atitude do presidente dos EUA e seu adversário das últimas eleições, Donald Trump. "Temos um presidente que demoniza todo o tipo de pessoas", terminou.