Guardas de Epstein acusados de falhar rondas e falsificar registos

Os dois guardas que deveriam ter vigiado o empresário acusado de exploração sexual de menores terão falsificado os registos para darem a entender que tinham feito as rondas a que estavam obrigados.
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Dois guardas prisionais que estavam de serviço na noite em que morreu o empresário Jeffrey Epstein foram esta terça-feira acusados de terem falsificado os registos da prisão. Os dois homens tinham a obrigação de fazer rondas de 30 em 30 minutos e terão modificado os diários do estabelecimento prisional para tentar esconder que não as realizaram

Estas acusações são os primeiros resultados concretos da investigação à morte de Epstein, que alegadamente se suicidou na cela nas vésperas do início do julgamento em que era acusado de tráfico sexual.

O procurador do distrito sul de Nova Iorque, Geoffrey Berman, afirmou que os dois guardas "repetidas vezes falharam nas rondas obrigatórias de vigilância aos reclusos e mentirarm nos registos de forma a ocultar esse facto".

Os dois acusados foram identificados como Tova Noel e Michael Thomas, de 31 e 41 anos, respetivamente. Durante "períodos substanciais", eles ficaram "sentados à secretária, a navegar a internet, ou mantiveram-se na zona de convívio", lê-se ainda na acusação, citada pela BBC.

Jeffrey Epstein estava acusado de pagar a raparigas menores para realizarem atos sexuais em festas realizadas nas suas mansões em Manhattan e na Florida, entre 2002 e 2005. Essas festas contariam com a presença de várias personalidades, como o atual presidente dos EUA, Donald Trump, ou o príncipe André, o segundo filho da rainha Isabel II. Ambos já afirmaram publicamente, de forma reiterada, não terem qualquer conhecimento da alegada rede de tráfico sexual na qual estaria envolvido o seu anfitrião.

Epstein foi encontrado morto na sua cela em agosto. As conclusões preliminares apontaram para suicídio, mas o caso está a ser investigado pelo FBI.

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