Galega casada com um português morreu no ataque
Uma galega casada com um português, residente em Londres, é apontada pela imprensa espanhola e britânica como uma das quatro vítimas mortais do ataque de ontem em Westminster, Londres. Aysha Frade, 43 anos, era, segundo o jornal La Voz de Galicia, professora de espanhol na capital britânica, onde residia desde sempre, e deveria ir a caminho da escola buscar as filhas quando foi abalroada pelo atacante.
As autoridades espanholas haviam indicado que não havia cidadãos nacionais entre as vítimas, mas terá sido "enganada pelo facto de Aysha Frade ter passaporte britânico. A família da mulher, com origem em Betanzoz, Corunha, já foi informada do óbito. Era nesta cidade galega que costumava passar todos os anos um mês de férias.
O apelido Frade será do marido, um português que os jornais britânicos dizem chamar-se John. Na verdade, chama-se João, segundo confirmou à agência Lusa fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
A família de João Frade, que também tem a nacionalidade britânica, é originária de Braga, segundo a mesma fonte governamental portuguesa, que acrescentou que o consulado em Londres está a acompanhar de perto o caso e a prestar todo o apoio à família.
Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, em Madrid, já tinha dito à agência Lusa que Aysha Frade, mãe de duas filhas, perdeu a nacionalidade espanhola há já "alguns anos", mas que a sua mãe vivia na Galiza, no concelho de Betanzos, assim como duas irmãs.
Quatro pessoas morreram no atentado: Aysha Frade, 43 anos, britânica de origem espanhola casada com um português, um polícia, Keith Palmer, 48 anos, Kurt Cochran, norte-americano que estava a realizar uma viagem pela Europa para assinalar o 25.º aniversário do seu casamento (a sua mulher, Melissa ficou gravemente ferida), e o atacante agora identificado como Khalid Massod.