Ficou preso nas rochas de uma caverna e sobreviveu 4 dias sem água nem comida

Homem de 28 anos andava a recolher excrementos de morcego, um produto lucrativo no Camboja. Foi resgatado com vida por uma equipa de elite que destruiu parte da caverna.
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Um homem foi resgatado depois de ficar preso numa caverna do Camboja durante quatro dias enquanto andava a recolher excrementos de morcegos, muito usados como fertilizantes, sendo um produto lucrativo no Camboja, um dos países mais pobres do mundo.

Sum Bora escorregou entre duas pedras no domingo enquanto tentava recuperar a tocha que levava, disse a polícia na cidade de Battambang, no noroeste do país. O homem de 28 anos, que ficou sem comida e água, foi encontrado na terça-feira depois que a sua família começou a procurá-lo. Foi salvo após uma operação de 10 horas que envolveu 200 operacionais e está agora a ser tratado num hospital local.

"Perdi a esperança de continuar vivo e, se tivesse uma faca comigo, teria cometido suicídio", disse Bora após ser resgatado, segundo o jornal "Khmer Times".

Após ficar preso na caverna da montanha Chakrai, Bora foi descoberto por um amigo que muitas vezes o acompanha para recolher o guano, o nome tradicional dado aos excrementos de morcego. "Nós somos pequenos e podemos facilmente encaixar em passagens estreitas. O meu amigo foi capaz de rastejar por outra passagem até alcançar-me no interior da caverna", disse.

As equipas de salvamento chegaram mais tarde ao local, mas inicialmente não conseguiram retirá-lo porque a entrada da caverna era muito estreita. Uma equipa de resgate de elite foi levada de helicóptero para ajudar na operação, e Bora foi recuperado na quarta-feira após partes da caverna serem destruídas para haver espaço suficiente.

A mulher de Bora, Koeun Sothea, disse que o marido está a ser tratado a lesões na cabeça, no joelho e no peito. Agradeceu ao primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, pelo envio da equipa de resgate e pela doação de 2.300 euros à família.

O chefe de polícia Sareth Viseth disse à imprensa local que, para evitar incidentes idênticos, a escalada da montanha Chakrai está agora interdita.

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