EUA e governo afegão anunciam morte de líder do Daesh no país
O atual líder do grupo terrorista no Afeganistão terá sido morto, com outros dez combatentes, durante um ataque aéreo das forças afegãs e internacionais. O Daesh ainda não confirmou a notícia.
Abu Saad Erhabi, ou Abu Sayed Orakzai, ou Sad Arhabi. Os nomes variam, mas a notícia, dada pelas autoridades afegãs e confirmada pelas forças armadas americanas no terreno: aquele que seria o atual líder do grupo terrorista no Afeganistão terá perecido durante um ataque aéreo, sábado à noite, na província de Nangarhar, junto à fronteira com o Paquistão.
O anúncio foi feito pelo porta-voz do chefe provincial Attaullah Khogyani, atribuindo a responsabilidade da operação às forças afegãs em conjunto com as da coligação internacional, com base em informações dos serviços de informação do Afeganistão. O porta voz das forças americanas no país, coronel Martin O'Donnell, confirmou que estas desencadearam, ontem, "um ataque contra um alto líder da dita organização terrorista", referindo um comunicado do gabinete do presidente Ashraf Ghani no qual se dá como certa a morte do chefe local do Daesh.
"Acrescento que os EUA continuam incansavelmente a combater o ISIS [ou Daesh], a Al Qaeda e outros grupos terroristas regionais e internacionais", prosseguiu O'Donnell nas suas declarações.
Erhabi, Arhabi, ou Orakzai, é, de acordo com as autoridades afegãs, o quarto líder do Daesh no Afeganistão a ser eliminado em dois anos. O seu antecessor terá sido supostamente morto em julho de 2017 -- mas o nome referido em algumas notícias como sendo o do chefe eliminado nessa altura é Abu Sayed; o líder que agora terá sido morto também usava, aparentemente, esse nome.
Há 34 províncias no Afeganistão, onde o Daesh se tornou mais ativo a partir de 2015, sobretudo na zona junto à fronteira com o Paquistão. As últimas estimativas para o número de combatentes do grupo no país variam entre 2000 e 4000. De acordo com a agência Reuters, mais de 150 combatentes do Daesh renderam-se este mês às forças afegãs na província de Jawzjan, no noroeste, onde o grupo está a tentar controlar as rotas de contrabando para o Turquemenistão.