Escalada de violência em Gaza causou pelo menos 25 mortos
Uma nova escalada de violência, com disparo de 'rockets' de Gaza e bombardeamentos de Israel, provocou pelo menos 25 mortos. Confrontos duram desde sexta-feira
Novos disparos de rockets a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas causaram este domingo pelo menos 25 mortos, quatro civis israelitas e 21 palestinianos na faixa de Gaza, noticiou a agência EFE.
De acordo com a agência espanhola, 12 dos palestinianos mortos eram milicianos, e as vítimas mortais incluem duas mulheres grávidas, uma bebé de 14 meses e uma criança.
Esta é considerada a maior escalada de violência na região desde 2014, em número de projéteis, e pela morte de israelitas, pela primeira vez, em resultado dos disparos de 'rockets'.
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Num dia marcado pela tensão, as regiões periféricas de Gaza foram palco da morte, nomeadamente em Ashkelón, de pelo menos quatro pessoas.
"O exército [israelita] está preparado para uma ofensiva terrestre", com três unidades de infantaria, duas delas já mobilizadas, indicou, numa conferência de imprensa por telefone, o porta-voz militar tenente coronel Jonathan Conricus, acrescentando que há ordens para preparação para um conflito de vários dias.
Disse ainda que a intenção de Israel "não é necessariamente fazer a guerra", mas sim de "responder a agressões" das milícias do Hamas e da Jihad Islâmica, atingindo os seus objetivos militares e demonstrando capacidade defensiva.
A represália israelita - uma das mais fortes desde 2014 - bombardeou toda a noite a faixa de Gaza.
Israel atribui as mortes de uma mulher grávida e da bebé aos disparos de 'rockets' do movimento islâmico Hamas, versão negada pelos palestinos.
Os bombardeamentos destruíram pelo menos cinco sedes de agências de imprensa e organismos culturais em Gaza, nomeadamente a agência turca Anadolu.
A ONU já condenou este crescendo de violência e recomendou contenção.
"Condeno os contínuos ataques. Já se perderam demasiadas vidas de palestinianos e israelitas, [provocaram] feridos, casas destruídas. É tempo de voltar a um entendimento, antes que seja demasiado tarde", disse o enviado especial da ONU ao Médio Oriente, Nikolay Mladenov.