Efeito facada não catapulta Bolsonaro
Os efeitos da facada ao candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, do PSL, não se refletiram por aí além em intenções de voto para as eleições presidenciais de 7 de outubro no Brasil, revela a sondagem do Instituto Datafolha divulgada nesta madrugada. Se é verdade que o deputado subiu de 22% para 24% e continua a liderar com considerável avanço, fica desmentida, porém, a ideia, dada pela pesquisa do BTG Pactual da véspera, de que dispararia na frente.
Na luta pelo segundo lugar, portanto na corrida à outra vaga para a segunda volta das eleições, há empate técnico entre quatro candidatos. Ciro Gomes (PDT), de centro-esquerda, que subiu de 10 para 13 pontos, Marina Silva (Rede), ambientalista, que caiu de 16 para 11%, Geraldo Alckmin (PSDB), de centro-direita, agora com 10, mais um ponto do que na sondagem de 21 de agosto do mesmo instituto, e Fernando Haddad, entretanto oficializado pelo PT como substituto de Lula da Silva, com 9%, mais do dobro dos 4% contabilizados na pesquisa anterior.
O liberal João Amoêdo (Novo), assim como Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (PMDB), ambos de centro-direita, seguem no terceiro grupo com 3%.
Bolsonaro pontua mais entre os homens (32%) mas ainda assim lidera também no voto feminino, com 17%, cinco acima de Ciro e Marina. E tem entre os eleitores que completaram o ensino médio ou superior a maior percentagem do seu eleitorado - 30% em ambos os casos - contra apenas 15% entre os que concluíram o ensino fundamental, empatado tecnicamente com os seus perseguidores.
Em São Paulo