Eduardo Bolsonaro vai casar-se. Noiva gosta de cozinhar e de disparar
Cerimónia, amanhã no centro do Rio de Janeiro, será celebrada por uma pastor hipster, terá segurança reforçada e ameaça de manifestações contrárias ao pai do noivo à porta.
O casamento do deputado Eduardo Bolsonaro, terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro, com a psicóloga Heloísa Wolf será um dos principais eventos sociais - e políticos - deste sábado no Brasil. A cerimónia, que decorre na Casa de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, à hora do por do sol com o Cristo Redentor e outras atrações cariocas como cenário, terá segurança reforçada, com obrigatoriedade de identificação dos cerca de 150 convidados à porta, e protestos de opositores do governo do lado de fora. Os irmãos Carlos e Flávio serão os padrinhos de Eduardo.
Entre os convidados, claro, estará o presidente da República, que entrará acompanhado pela mãe da noiva, e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, uma das oito madrinhas, além de parte da classe política de Brasília, incluindo os irmãos de Eduardo, o senador Flávio e o vereador Carlos. Eduardo, 34 anos, e Heloísa, 27, que trabalha como coach e tem como hobbies cozinhar e tiro ao alvo, conheceram-se numa festa de passagem de ano de 2015 para 2016, no estado de Santa Catarina, e o pedido de casamento foi efetuado no ano passado durante a Cúpula Conservadora das Américas, um encontro de ativistas de direita realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O pastor Pedro Litwinczuk, de 53 anos, da Igreja Comunidade Batista do Rio, conhecido entre os fiéis como Pedrão, celebrará o casamento. "Descontraído na forma", como se define, usa barba farta e bem cuidada, no tradicional estilo hipster, cabeça rapada e invariavelmente jeans e t-shirt. "Pastor geralmente é mais mauricinho [equivalente a 'betinho'], eu sou mais largado mesmo, tenho horror de evangélico chato", disse ao site Metrópoles. Apesar do ar moderno, é conservador e eleitor do clã Bolsonaro. "Porque essa questão de valores da família, segurança pública e combate à corrupção são coisas de que o Brasil está precisando".
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A cerimónia, cujo elemento decorativo mais sublinhado será a presença de hortênsias, segundo simulação de O Estado de S. Paulo custará um pouco mais de 20 mil euros. O jornal pediu orçamento à mesma casa de festas, incluindo buffet, decoração e DJ, e apurou que o mês de maio, por ser tradicionalmente conhecido como "mês das noivas", é mais caro.