Detidos quatro neonazis, incluindo soldados, que planeavam atentados no Reino Unido

Homens fazem parte do grupo neonazi National Action
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A polícia britânica deteve esta terça-feira quatro homens suspeitos de pertencerem a um grupo de extrema-direita banido no Reino Unido que planeava atentados terroristas. Entre os quatro detidos estão soldados britânicos, afirmou o ministro da defesa britânico, segundo a Reuters. O jornal britânico Independent avança que todos os quatro detidos fazem parte das forças militares do país.

Os homens têm entre 22 e 32 anos e foram detidos por estarem envolvidos na preparação e incitação de atos terroristas e por pertencerem ao grupo neonazi National Action. Este foi o primeiro grupo de extrema-direita banido no Reino Unido por ser considerado um grupo terrorista. Isto aconteceu após o assassinato da deputada britânica Jo Cox, no ano passado.

As detenções foram feitas pela unidade antiterrorista britânica nas cidades de Birmingham, Ipswich, Northampton e em Powys, no País de Gales.

A polícia de Midlands Ocidentais, centro de Inglaterra, garantiu que as detenções foram planeadas com base em informações dos serviços de inteligência e que "não houve nenhuma ameaça à segurança pública".

O ministro da Defesa britânico revelou que há membros das forças armadas entre os detidos.

O Reino Unido está em alerta severo, o que significa que é altamente provável que ocorra um atentado terrorista. No mês passado, um responsável da polícia britânica revelou que duplicou o número de suspeitas reportadas às autoridades a propósito de extremistas de grupo de direita desde o homicídio de Jo Cox.

Os National Action aplaudiram a morte da deputada trabalhista britânica, que foi baleada e esfaqueada à saída da biblioteca onde se encontrava com os seus eleitores. Tinha 41 anos e deixou dois filhos menores.

Testemunhas dizem que o atacante gritou "Britain First", uma possível referência ao partido nacionalista e de extrema-direita com esse nome, que traduzido significa "Grã-Bretanha primeiro". O agressor estava obcecado pelo nazismo e defendia a supremacia branca.

Em dezembro, a ministra do Interior, Amber Rudd, qualificou a National Action como "racista, antissemita e homofóbica" e considerou que a organização "não tem lugar no Reino Unido".

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Este ano, morreram 35 pessoas em atentados terroristas em Londres e Manchester planeados por extremistas islâmicos, e mais uma pessoa morreu em Londres após um homem ter atropelado uma multidão que saia de uma mesquita.

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