Destroços de avião encontrados em Moçambique são do voo MH370
Conclusão é do Gabinete para a Segurança no Transporte da Austrália, que coordena as buscas pelo aparelho desaparecido com 239 pessoas a bordo
Os dois destroços de avião encontrados ao largo de Moçambique pertencem "quase com toda a certeza" ao voo MH370, desaparecido a 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, informam hoje fontes oficiais.
Segundo as conclusões das análises realizadas pelo Gabinete para a Segurança no Transporte da Austrália (ATBS, na sigla em inglês), que lidera as buscas pelo aparelho, as duas peças faziam parte da fuselagem do Boeing 777 da Malaysia Airlines.
Os dois destroços, encontrados a 27 de dezembro de 2015 e a 27 de fevereiro de 2016 em dois locais separados por 220 quilómetros, perto de Moçambique, "serão esta semana devolvidos à Malásia", indica um comunicado da ATBS.
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A autoridade australiana também está a investigar, desde a semana passada, outros destroços encontrados na África do Sul e na Ilha Maurícia, de modo a determinar a sua procedência.
Estes quatro fragmentos juntam-se a outro, encontrado em julho de 2015 na ilha francesa de Reunião, a este do Madagáscar, aquele que foi o primeiro indício tangível de que o Boeing 777 da companhia malaia se despenhou no Oceano Índico.
A Austrália lidera uma operação em que também participam a Malásia e a China e que procura pelos restos do avião numa área de cerca de 120 mil quilómetros quadrados, numa zona remota do Índico.
O MH370 desapareceu 40 minutos após descolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, depois de, segundo a investigação oficial, alguém desligar os sistemas de comunicação e desviar o aparelho, que se terá despenhado no mar quando ficou sem combustível.