Condenado à morte por blasfémias no Facebook

Taimoor Raza, de 30 anos, envolveu-se numa discussão religiosa nas redes sociais
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Um homem foi condenado à morte, no Paquistão, após comentários no Facebook sobre Maomé.

Taimoor Raza, de 30 anos, envolveu-se numa discussão sobre o Islão na rede social com alguém que veio a revelar-se um agente de contraterrorismo, disse o seu advogado, de acordo com a BBC. Terá feito comentários sobre o profeta Maomé.

O procurador envolvido no caso, que refere também que esta é a primeira vez que a pena de morte é aplicada num caso relativo a atividade nas redes sociais, revela que Taimoor publicou comentários que são considerados blasfémia a partir do telemóvel, que lhe foi confiscado, quando estava numa paragem de autocarro.

O aparelho vai ser agora analisado e Taimoor Raza ainda pode recorrer da sentença.

O Facebook ainda não comentou o caso, mas várias organizações de direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional (AI) já expressaram preocupação.

"Condenar e sentenciar alguém à morte por alegadamente ter publicado blasfémias online é uma violação de direitos humanos e cria um precedente muito perigoso", afirma Nadia Rahman, responsável pela AI no Paquistão.

A Amnistia Internacional publicou recentemente um artigo sobre as leis relativas à blasfémia no Paquistão.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, já definiu a blasfémia como uma "ofensa imperdoável".

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