Cientista que ganhou Nobel repudiado por associar inteligência à cor da pele
James D. Watson, biólogo molecular e geneticista norte-americano que foi um dos cientistas a descobrirem a estrutura de dupla hélice do ADN, em 1953, e que ganhou o Prémio Nobel por esse feito em 1962, viu o Cold Spring Harbor Laboratory, que dirigiu até se aposentar, retirar-lhe todos os títulos honoríficos depois de ter insistido, num documentário emitido pela PBS, nas suas controversas teorias sobre origem étnica e inteligência.
Em 2007, Watson já tinha sido afastado do cargo de chanceler do referido laboratório por ter defendido estar pessimista em relação ao futuro de África porque, disse, "todas as nossas políticas sociais são baseadas no facto de que a inteligência deles é igual à nossa, apesar de os testes dizerem que nem por isso". Na altura pediu desculpa pelas declarações mas agora, aos 90 anos, insistiu na mesma tecla.
Quando lhe foi perguntado, no comentário da PBS, se tinha mudado de opinião, afirmou que tal não havia sucedido "de todo", insistindo que "existe uma diferença entre negros e brancos nos testes de QI", alegadamente favorável aos segundos.
Em resposta, o laboratório comunicou que "inequivocamente rejeita as repreensíveis e infudadas opiniões pessoais que o Dr. james D. Watson expressou sobre o tema da etnicidade e genética", considerando que as mesmas "não são suportadas pela ciência" e condenando "o uso indevido da ciência para justificar o preconceito".