Berlim defende que detenção de Puigdemont é assunto para a Justiça

O antigo responsável pela Catalunha foi acusado de ter organizado o referendo de autodeterminação em outubro de 2017, apesar de este ter sido proibido por violar a Constituição espanhola
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O Governo alemão defendeu esta segunda-feira, em Berlim, que a decisão sobre o mandado de detenção europeu contra o ex-presidente catalão Carles Puigdemont compete "fundamentalmente à Justiça" e que a crise catalã é um "assunto interno" de Espanha.

"Espanha é uma democracia e um estado de direito", considerou o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, citado pela agência Efe, acrescentando que Espanha "deve resolver internamente" o problema.

Sobre a eventualidade de Puigdemont pedir asilo à Alemanha, o porta-voz do Ministério da Administração Interna disse que se trata de uma "possibilidade abstrata" e que, a colocar-se, seria estudada, mas que, segundo ele, não havia uma iniciativa nesse sentido.

Na sexta-feira, o Supremo Tribunal espanhol acusou de delito de rebelião 13 separatistas pela sua participação no processo de independência da Catalunha, entre os quais o ex-presidente do executivo regional refugiado na Bélgica.

Carles Puigdemont é acusado de ter organizado o referendo de autodeterminação de 01 de outubro de 2017, apesar de este ter sido proibido por violar a Constituição espanhola.

A 27 de outubro de 2017, Madrid decidiu intervir na Comunidade Autónoma, através da dissolução do parlamento regional, da destituição do executivo regional e da convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.

O bloco de partidos independentistas manteve uma maioria de deputados no parlamento regional e está a ter dificuldades para formar um novo executivo.

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