Bomba H: Nato e UE condenam comportamento da Coreia do Norte
A União Europeia apelou hoje à Coreia do Norte para regressar ao diálogo "credível e significativo" com a comunidade internacional e para pôr termo ao comportamento que classifica de "ilegal e criminoso".
Num comunicado de cinco parágrafos, divulgado online pelo serviço de Ação Externa da União Europeia, Federica Mogherini coloca o teste da bomba de hidrogénio realizado pela Coreia do Norte no campo das hipóteses, considerando que "se for confirmada, esta ação representaria uma grave violação das obrigações internacionais" de Pyongyang.
A alta representante da União Europeia para a Política Externa lembra que a Coreia do Norte está obrigada "por várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas" a não testar nem produzir armas nucleares, considerando que se tratam de uma "ameaça à paz e à segurança em todo o nordeste asiático".
"Vou falar esta manhã com o ministro das Relações Exteriores da República da Coreia, Yun Byung-se e com o ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida para discutir o caminho a seguir", declarou Federica Mogherini.
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A italiana que lidera a Ação Externa da União Europeia promete ainda que vai envolver-se no trabalho com o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que agendou uma reunião urgente para abordar o assunto.
Entretanto, o secretário-geral da Nato, Jen Stoltenberg emitiu um comunicado no qual considera que "o teste de armas nucleares anunciado pela Coreia do Norte mina a segurança regional e internacional".
Stoltenberg afirma ainda que o comportamento da Coreia do Norte representa "uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU". Por essa razão, "condena o desenvolvimento contínuo de armas nucleares e os programas de mísseis balísticos da Coreia do Norte e sua retórica inflamatória e ameaçadora".
"Apelo à Coreia do Norte para que que respeite plenamente as suas obrigações e compromissos internacionais. A Coreia do Norte deve abandonar as armas nucleares e os programas nucleares e de mísseis balísticos, de forma completa, verificável e irreversível", exigiu Jen Stoltenberg, apelando ainda a Pyongyang para que se envolva "em negociações credíveis e autênticas sobre desnuclearização".