Multimilionário Jeffrey Epstein acusado de criar rede para abusar de menores
O multimilionário norte-americano Jeffrey Epstein foi acusado esta segunda-feira de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões, rede essa que funcionou entre 2002 e 2005, anunciou a Procuradoria federal do distrito sul de Nova Iorque.
Segundo o documento de acusação da Procuradoria, Jeffrey Epstein, detido na noite de sábado no aeroporto próximo de Teterboro (Nova Jérsia), foi acusado de tráfico sexual e de conspiração para cometer esse crime.
Epstein "explorou sexualmente e abusou de dezenas de menores nas suas casas em Manhattan, Nova Iorque e Palm Beach, na Florida, entre outros lugares, durante vários anos", segundo a acusação, que alega que após cometer os atos, o milionário pagava às vítimas "centenas de dólares".
Além disso, Epstein é acusado de "criar uma ampla rede de vítimas menores de idade para explorá-las sexualmente", uma vez que pagava a algumas delas para recrutar outras crianças que seriam vítimas de abusos semelhantes.
O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta - atual secretário do Trabalho nos EUA - e que defendeu esse acordo como "apropriado" tendo em conta as circunstâncias, em particular com o facto de "muitas das vítimas estarem reticentes em testemunhar".
Em fevereiro, o caso sofreu uma reviravolta depois de um juiz da Florida determinar que a Procuradoria violou a lei, ocultando o acordo, que afetou mais de 30 mulheres que denunciaram ter sofrido abuso sexual quando eram menores de idade.