Autoridades belgas decidem extraditar Salah Abdeslam para França

O advogado do suspeito dos atentados de Paris tinha dito que este queria ir para França
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As autoridades belgas vão extraditar Salah Abdeslam, único suspeito vivo dos atentados de Paris que em novembro mataram 130 pessoas, para França, escreve a Agence France Presse. A procuradoria federal belga anunciou esta quinta-feira, após uma audiência com o advogado do homem acusado de "homicídio terrorista", que este será extraditado para o país vizinho.

O advogado de Salah Abdeslam já tinha dito, esta quinta-feira, que Abdeslam não se opunha a ser extraditado para França, e que este queria colaborar com as autoridades francesas. "Salah Abdeslam quer ser transferido para as autoridades francesas", afirmou Cedric Moisse.

A procuradoria disse que a França e a Bélgica começariam agora a discutir como proceder para fazer a transferência do homem, que se encontra detido na prisão de Bruges desde a sua captura a 18 de março, em Bruxelas. Abdeslam foi detido quatro meses depois dos atentados em Paris, reivindicados pelo Estado Islâmico, nos quais participou juntamente com o irmão, que se fez explodir.

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Os investigadores acreditam que os ataques em Paris em novembro e em Bruxelas em março foram feitos pela mesma rede terrorista ligada ao grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, que hoje controla partes da Síria e do Iraque.

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Espera-se que Abdeslam, que entretanto revelou que devia ter-se feito explodir no Stade de France no 13 de novembro mas optou por não o fazer, possa vir a ser uma fonte de informação preciosa acerca da forma como os ataques foram planeados e levados a cabo, visto que é o único suspeito que foi capturado vivo.

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