Aristocrata processa França por causa de sucessão ao trono do Mónaco

Louis de Causans diz que a sua família foi enganada e retirados da linha de sucessão por um "truque de magia" com um mais de um século.

Um aristocrata francês avançou com um processo contra a França, com um pedido de indemnização de 351 milhões de euros por danos. Louis de Causans protesta contra uma decisão com mais de um século, alegando que os seus antecessores estariam na linha de sucessão do trono do Mónaco não fosse uma "artimanha" do Estado francês.

Louis de Causans afirma que, ao "falsificar" as regras da sucessão, a França ganhou o controlo do principado do Mónaco e instalou outro ramo dos Grimaldi no trono. As ações que interpôs na Justiça não visam o atual governante do principado, o príncipe Alberto, mas o estado francês.

O aristocrata, cujo nome completo é Louis Jean Raymond Marie de Vincens de Causans, disse ao jornal Le Parisien : "Eu quero que a verdade seja conhecida e que essa injustiça perpetrada pela França sobre a minha família seja corrigida. Na verdade, o meu primo, o príncipe Albert, subiu ao trono por um truque. A França encontrou uma solução para colocar as mãos no Mónaco".

A disputa sobre a sucessão data do reinado do príncipe Alberto I, que tinha apenas um filho, que veio a ser Luís II de Mónaco e que não tinha herdeiros. Na altura, em 1911, isso poderia significar que o Mónaco passaria a ser governado por Guillaume II de Wurtemberg-Urach, um alemão. Para a França, à beira da primeira guerra mundial, essa perspetiva era impensável.

Sob pressão de Paris, Luís II adotou Charlotte Louise, filha da sua amante Marie-Juliette Louvet, cantora de cabaré e bisavó do príncipe Alberto. Uma lei foi aprovada em 1911, reconheceu essa sucessão, mas foi posteriormente considerada ilegal. Uma segunda lei foi aprovada em 1918. A França e o Mónaco também assinaram um tratado que exige a aprovação prévia por parte da França de todos os futuros príncipes monegascos.

De Causans afirma que o trono deveria ter passado para um segundo ramo da família Grimaldi, do qual ele descende, e diz que Aquela mudança "bizarra" de regras significou que o trono de Mónaco passou para uma criança "que não tinha conexão com a família real", mas foi usada para criar um novo ramo de sucessores."Eu pensei que era culpa dos Grimaldi, mas depois descobri que foi o estado francês que causou essa reviravolta dramática para nós", disse ele.

O aristocrata acrescentou que as ações da França o impediram de receber qualquer receita do principado, que ele disse que "não é normal sob as regras dinásticas mais rigorosas".

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