Jornal inglês ainda fala de Passos como primeiro-ministro

Se o próprio António Costa se enganou na semana passada, porque é que o The Telegraph não poderia fazê-lo?
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Depois de vários dias de intensas negociações entre David Cameron e os líderes institucionais europeus, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apresentou ontem um possível plano ao Reino Unido, para que este se mantenha na União Europeia. Hoje, o jornal britânico The Telegraph apresenta uma infografia interativa na qual mostra o que cada um dos governantes da União Europeia pensa acerca das exigências do Reino Unido. Só há um problema: quando se refere a Portugal fala de Pedro Passos Coelho.

O jornal enganou-se no nome do atual primeiro-ministro. Mas quem o censura? Afinal, o próprio António Costa se enganou na semana passada, durante um debate na Assembleia da República, e dirigiu-se ao líder do PSD como primeiro-ministro. Por duas vezes.

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Nos comentário à notícia no Facebook, já houve leitores portugueses que alertaram o jornal para a gafe, mas até às 12h00 não havia sido emendada.

Às 13h00, a informação foi corrigida: no lugar da foto de Passos estava já uma imagem de António Costa e o texto foi adaptado.

De resto, as ideias de Portugal mantêm-se. Ainda ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros alertou que rejeita soluções que ponham em causa "valores fundamentais" como liberdade de circulação e princípio de não-discriminação.

David Cameron, reeleito em maio passado, prometeu realizar até ao final de 2017 um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, antes do qual pretende obter "reformas" europeias que vão ao encontro dos seus interesses, para que possa fazer campanha pelo 'sim' e evitar o chamado 'Brexit'.

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As propostas apresentadas ontem por Donald Tusk deixaram David Cameron satisfeito, uma vez que apresenta concessões que deverão permitir que seja alcançado um acordo na cimeira da União Europeia (UE) que se realizará entre 18 e 19 de fevereiro.

Depois de ser aprovado pelos 28 países-membros da UE, Cameron poderá convocar o referendo que prometeu sobre a permanência ou não do Reino Unido no seio do espaço comunitário, no próximo mês de junho, provavelmente no dia 23, segundo os órgãos de comunicação social britânicos.

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