"Homeland é racista". Graffiters enganam produção da série
A ideia da produção da série norte-americana era criar dar um ambiente mais credível ao desenrolar da trama. No entanto, o tiro saiu-lhes pela culatra e a "culpa" é de quem devia ter verificado as inscrições feitas por três jovens nas paredes de uma rua que Carrie Mathison (Claire Danes) percorre.
No episódio que vai para o ar esta quinta-feira, dia 15, na Fox, às 23.10, os grafittis que aparecem nessas paredes dizem "Homeland é racista", "Homeland é uma piada, mas nós não nos rimos", "a situação não é credível" ou "esta série não representa o ponto de vista dos artistas".
[citacao:Era a nossa oportunidade para mostramos o que pensamos usando a própria série]
A denúncia foi feita pelos três graffiters. Num comunicado publicado na sua página na Internet, Heba Amin, Caram Kapp e Stone explicam que foram contratados em junho pelo Showtime para darem maior credibilidade ao cenário, que deveria recriar a fronteira entre a Síria e o Líbano (as gravações decorreram nos arredores de Berlim, na Alemanha). "Dada a reputação da série [muitas vezes acusada de não recriar convenientemente o mundo muçulmano], não ficámos logo convencidos. Até considerarmos que uma intervenção nossa poderia transmitir o descontentamento que sentimos. Era a nossa oportunidade para mostramos o que pensamos usando a própria série", contam.
As frases escritas em árabe não foram supervisionadas pelos produtores da série, entre eles a protagonista, Claire Danes. "Aos seus olhos, os escritos árabes são um simples complemento visual à fantasia de horror no Médio Oriente", dizem ainda os artistas.
Já um dos produtores, Alex Gansa, confessou ao Deadline: "Deveríamos ter visto estas imagens antes de serem emitidas. Na verdade, como Homeland se esforça sempre por promover o diálogo, não podemos fazer outra coisa, a não ser admirar este ato artístico de sabotagem".