Câmaras de vigilância chinesas usadas no ataque de sexta-feira

Ataque deixou milhões de pessoas sem acesso a alguns dos sites mais populares na sexta-feira. Hackers usaram milhões de dispositivos infetados com malware e ligados à internet
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Uma empresa chinesa que fabrica câmaras de vigilância revelou que os seus produtos foram utilizados para lançar o ataque cibernético que afetou vários sites e serviços nos Estados Unidos na passada sexta-feira.

As câmaras de vigilância feitas pela Hangzhou Xiongmai Technolohy Co. foram "invadidas" por piratas informáticos, que usaram um malware, um software maligno, com o nome de Mirai para atacar outras empresas, segundo a Bloomberg Technology.

Alguns dos sites mais populares dos Estados Unidos, como o Twitter, Spotify, eBay e as páginas de jornais como a CNN, The New York Times, Boston Globe, Financial Times e The Guardian ficaram inacessíveis a milhões de pessoas na costa leste dos Estados Unidos durante várias horas na sexta-feira.

Este ataque, de dimensões nunca antes vistas, veio alertar para a facilidade com que piratas conseguem atacar vários sites e empresas ao mesmo tempo, usando a ligação online que os dispositivos têm entre si, normalmente chamada de "a internet das coisas".

"Mirai é um enorme desastre para a Internet das Coisas", disse a empresa Hangzhou Xiongmai Technolohy em comunicado, segundo a Bloomberg.

O ataque foi lançado sobre o serviço Domain Name System (DNS) da Dyn, um distribuidor de serviços de internet. Segundo o diretor de estratégias da Dyn, Kyle York, os hackers lançaram o ataque usando milhões de dispositivos infetados com malware e ligados à internet.

De acordo com a Bloomberg, especialistas em segurança acreditam que o número de ataques com malwares a dispositivos ligados entre si vai aumentar.

Os autores do ataque ainda não foram identificados e as autoridades dos Estados Unidos, incluindo o Departamento de Segurança Interna, estão a investigar o caso.

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