Vandalizada fachada da sede do jornal Observador

Vandalizada fachada da sede do jornal Observador

Encapuzados pertencentes ao grupo União Libertária reinvidicam atos de vandalismo e acusam órgão de comunicação social de estar "comprometido com a transfobia, o racismo, a xenofobia".
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A fachada da sede do Observador, em Lisboa, foi vandalizada durante a madrugada desta segunda-feira por encapuzados pertencentes ao grupo União Libertária, numa altura em que o portal comemora dez anos de existência.

"O Observador está há dez anos contra a transformação social - há dez anos do lado do capital - há dez anos comprometido com a transfobia, o racismo, a xenofobia - há dez anos a negar a crise climática - há dez anos a normalizar o fascismo", pode ler-se numa publicação do grupo no Instagram, onde se podem ver as imagens dos atos de vandalismo e a imagem de uma faixa com a inscrição "10 anos de transfobia. Insurgência queer sempre".

Na publicação o grupo diz que “há anos que o jornal digital serve de porto de abrigo às vozes mais transfóbicas e reacionárias da sociedade portuguesa”, destacando os nomes de José Manuel Fernandes, Helena Matos, Maria Helena Costa, José Diogo Quintela, entre outros. “O Observador tornou-se a plataforma de eleição para um tipo de comentário que se faz servir da crítica ao politicamente correto para propagar o desprezo e a desinformação sobre vidas sobre as quais sabe muito pouco”, acusam.

A União Libertária critica ainda o portal por alegadamente propagar “discursos de ódio sobre comunidades marginalizadas - trans, queer, negras, imigrantes, pobres - a uma audiência de mais de dois milhões que, se não se sentia autorizada a desprezar abertamente, passa a poder fazê-lo sob o aval destes especialistas respeitáveis. E a gerar tráfico, e a aumentar os números, e a alimentar a máquina que pede mais ódio”.

O diretor do órgão de comunicação social, Miguel Pinheiro, disse à CNN Portugal que vai apresentar queixa às autoridades policiais, confirmando que “os atacantes pintaram umas coisas na fachada”. “No Observador não temos por hábito responder ou dialogar com pessoas que atuam com capuzes a taparem a cara durante a madrugada, a atacar propriedade alheia”, atirou.

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