Madeira. “Estabilidade” nas mãos de Marcelo que recebe partidos em janeiro para “novo ciclo”

A solução para a estabilidade” da Madeira está nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, defende Manuel António Correia, ex-secretário Regional de Alberto João Jardim, que já desafiou Miguel Albuquerque para “eleições internas decisivas para o futuro” do PSD-M e da Madeira..O líder do Governo Regional, crente aos prazos internos do partido e de convocação de Eleições Regionais, garante que “não vai haver congresso” e que havendo seria uma “guerra fratricida” que iria “beneficiar a Oposição”. .Manuel António Correia defende, pelo contrário, que “só” uma “intervenção” de Belém semelhante à que foi decidida em novembro de 2023, perante a demissão de Costa, “pode permitir” a “clarificação” no PSD-M e “evitar” que as próximas Eleições Regionais” sejam o “prolongar da instabilidade” e da “mais que certa ingovernabilidade” com a gestão de Albuquerque..O outro cenário “péssimo”, admite, é que das eleições saia “uma solução de esquerda impreparada, sem quadros e sem experiência” de governação que pode “aprofundar” a já “degradante e desprestigiante” situação “criada” pelo líder do Governo Regional..Tudo diz respeito a prazos. Costa, então primeiro-ministro, anunciou a demissão a 7 de novembro de 2023; Marcelo, no dia 9, após ter ouvido os partidos e o Conselho de Estado, manifestou a intenção de marcar eleições para 10 de março de 2024 tendo somente oficializado a decisão a 15 de janeiro de 2024 com a publicação do decreto que dissolveu a Assembleia da República..Contas feitas, entre o anúncio de Costa e a realização das Legislativas passaram 125 dias e 70 foram os dias que passaram entre as palavras do então primeiro-ministro e a publicação de decreto de dissolução. Neste caso, nota um deputado socialista, já “houve pressa” de Ireneu Barreto, Representante da República na Madeira, que em menos de 24 horas fez publicar no Diário da República o resultado da moção de censura que derrubou o Governo de Albuquerque..No próxima segunda-feira, apurou o DN, Ireneu Barreto, que viaja já para Lisboa no sábado, vai ser recebido pelo Presidente da República e leva a certeza de que “não há hipótese de haver um Governo no quadro desta legislatura”. Hoje vai ouvir todos os partidos com representação parlamentar na Assembleia Legislativa Regional com outra certeza: “O mais natural é que todos me digam que querem eleições.”.Na Presidência República, apurou o DN, há a certeza de que Marcelo não se vai imiscuir nas questões internas dos sociais-democratas madeirenses e que tudo depende, tal como aconteceu em novembro de 2023, da vontade dos partidos que serão recebidos em janeiro, em Lisboa, pelo Presidente. .Ou seja, se a maioria entender que para evitar instabilidade ou um crescente de instabilidade, como alega Manuel António Correia, é útil dar tempo para que PSD, e até eventualmente o PS, clarifiquem as lideranças, esse tempo poderá ser dado. .Manuel António prepara candidatura contra Albuquerque..Como Albuquerque recusa demitir-se da presidência do partido e abrir espaço para uma disputa eleitoral interna, começou já a recolha das “assinaturas necessárias” para um “Congresso Regional extraordinário eletivo” que dê aos militantes a possibilidade de escolherem um novo líder, um “novo ciclo” e “um novo candidato a presidente do Governo Regional”..Porém, com a sede do partido “fechada para férias”- “ninguém atende telefones, ninguém responde a e-mails e ninguém pode pagar quotas”, diz Manuel António Correia - todo o processo “normal” fica “mais uma vez”, tal “como da última vez”, sob um “controlo” que quer “impedir” os militantes de em “liberdade” poderem escolher “uma liderança que inspire esperança e devolva a credibilidade”.

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