Assessor da Câmara de Lisboa demite-se devido a suspeitas de pornografia infantil
Filipe Amorim / Global Imagens

Assessor da Câmara de Lisboa demite-se devido a suspeitas de pornografia infantil

Assessor disse à TVI, que o confrontou com o teor das mensagens enviadas pelo seu perfil de Instagram, que se demite não por se considerar culpado, mas para se defender sem estar colado ao município.
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Demitiu-se o assessor da Câmara Municipal de Lisboa e um dos organizadores das Jornadas Mundiais da Juventude, Tiago Abreu, suspeito de partilhar pornografia infantil, avança a TVI/CNN Portugal.

O Ministério Público do Seixal já recebeu o relatório da Polícia Judiciária em dezembro com a proposta de acusação.

O assessor disse à TVI, que o confrontou com o teor das mensagens enviadas pelo seu perfil de Instagram, que se demite não por se considerar culpado, mas para se defender sem estar colado ao município.

Tiago Abreu era um dos assessores do vice-presidente da camara municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), e foi por diversas vezes candidato do CDS/PP à Câmara de Elvas.

No epicentro do caso está uma mulher de Ponte de Sor, a quem Tiago Abreu terá começado a relatar em mensagens privadas no Instagram os abusos sexuais que praticava com uma criança de 12 anos.

Essa mulher apresentou queixa à GNR de Ponte de Sôr, que em junho de 2023 encaminhou o caso para a Polícia Judiciária de Lisboa, que avançou com buscas à casa de Tiago Abreu a 13 de maio do ano passado.

Na altura, a PJ apreendeu o telemóvel de Tiago Abreu e teve acesso a todas as suas plataformas eletrónicas, tendo sido posteriormente levado para a sede da PJ de Setúbal e confrontado com várias fotografias de menores que haviam sido encontradas pelas autoridades.

Segundo a TVI, há fotografias da menor a dormir parcialmente despedida e outras em que está alegadamente a ser tocada nas zonas íntimas pelo assessor da CML, que posou ao lado da adolescente.

A menor ficou em “choque”, mas confirmou ser ela nas imagens.

Entretanto, a ex-mulher de Tiago Abreu e mãe de uma das filhas do centrista, que já tinha perdido um processo de violência doméstica contra o ex-marido um ano antes, apresentou uma queixa-crime contra o assessor da CML por alegado abuso sexual da filha de seis anos e associou-a a este inquérito.

Tiago Abreu e a ex-mulher continuam numa disputa judicial com vários processos um contra o outro sobre a filha em comum, sendo que, na sequência das buscas da PJ à casa do centrista, a ex-mulher deixou de permitir contactos entre pai e filha. Já Tiago Abreu acusa a ex-mulher acusa a ex-mulher de subtração de menor e de ser a grande responsável pelo julgamento mediático a que está a ser submetido.

Tiago Abreu, que foi constituído arguido neste processo, diz que está a viver um pesadelo do qual não se consegue defender e que sugere como única possibilidade alguém ter acedido indevidamente à sua conta, garanta não possuir “nem uma fotografia que possa sugerir pornografia infantil”.

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