Exclusivo Vinte anos depois da guerra, o tudo ou nada para o MPLA de João Lourenço

Eleições gerais de agosto são um teste à maturidade do regime, após um mandato em que os problemas sociais e económicos do país não registaram melhorias. Oposição preconiza aliança para materializar a alternância no poder.

No topo, a fotografia. Por baixo lê-se "João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente do MPLA". Em baixo, na bandeira do partido, a faixa horizontal preta tem inscrito "2022 reeleito" na mesma cor do que a estrela. Além de ilegal, a propaganda afixada em postes de várias cidades a mais de oito meses das eleições presidenciais revela a ansiedade de quem sentirá na pele a ameaça de, pela primeira vez desde a independência, a possibilidade de o MPLA perder o poder.

Uma sondagem realizada em novembro pela Angobarometro deu a liderança nas intenções de voto ao candidato da UNITA, Adalberto Costa Júnior, com 53,2%, destacando-se de forma clara (30,1%) em relação a João Lourenço, o atual presidente que busca novo mandato. Não sendo uma corrida a dois, os outros candidatos que se perfilam - Abel Chivukuvuku, Benedito Daniel, Filomeno Vieira Lopes e Manuel Fernandes - recolhem juntos pouco mais de 16% das intenções de voto, pelo que na prática prevê-se uma campanha bipolarizada. Apesar de a sondagem ter recolhido as intenções de voto nos líderes partidários, nas eleições gerais os angolanos escolhem partidos, traduzindo-se os resultados em deputados na Assembleia Nacional e na escolha do presidente, que é também o chefe do governo.

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