O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán
O primeiro-ministro húngaro, Viktor OrbánEPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Viktor Orbán acusa Von der Leyen e presidente do PPE de quererem derrubar governo húngaro

Para Viktor Orbán, o facto de estes líderes conservadores alemães terem promovido um novo governo "é invulgar", acrescentando que "os húngaros não querem isso" e que o executivo não o observará "de braços cruzados".
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O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, acusou esta sexta-feira a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, e o presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, de querem derrubar o seu governo.

"Ursula von der Leyen e Manfred Weber anunciaram a sua intenção de derrubar o Governo húngaro. Até nomearam os membros do novo Governo", disse o presidente húngaro em declarações à rádio pública Kossuth.

Segundo Orbán, o facto de estes líderes conservadores alemães terem promovido um novo governo "é invulgar", acrescentando que "os húngaros não querem isso" e que o executivo não o observará "de braços cruzados".

Tanto Von der Leyen como Weber, bem como outros líderes da UE, criticaram severamente as políticas de Orbán em relação à Ucrânia e a tendência autoritária da democracia na Hungria.

A presidente da Comissão Europeia acusou Orbán de culpar os invadidos e não o invasor no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, enquanto o presidente do PPE criticou a situação do Estado de direito na Hungria.

Weber, por sua vez, disse que "Péter Magyar derrotará Orbán" e afirmou que Tisza, o partido por ele liderado, "é o futuro" da Hungria.

Orbán considerou que os sociais-democratas europeus apoiam Klára Dobrev, uma das líderes da oposição Coligação Democrática na Hungria.

Magyar, que aderiu ao PPE, é um antigo colaborador de Orbán que preside o Tisza, atualmente o partido da oposição mais popular na Hungria, com uma intenção de voto de 33% nas sondagens, atrás apenas do Fidesz, o partido de Orbán, que continua a reunir 42% de apoio

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