"Amanhã à noite vai ser grande. Eu vou contar como é!”, escreveu o presidente dos EUA, Donald Trump, na Truth Social. Um teaser para o discurso diante das duas câmaras do Congresso, que vai proferir esta terça-feira a partir das 21.00 locais (01.00 de quarta-feira em Lisboa). No primeiro mandato, estas intervenções serviram para lançar a sua agenda e pedir apoio político. Agora, tendo em conta que está a governar através de ordens executivas sem ter em conta o Congresso, espera-se um discurso mais ideológico, como os de campanha. A revolução que Trump está a fazer graças ao Departamento de Eficiência Governamental, o combate à imigração ilegal, as tarifas e o novo papel dos EUA no mundo são temas que devem marcar presença no discurso - tecnicamente não é um Estado da União, já que este tipo de balanço não costuma ser feito no primeiro ano do mandato.Pouco mais de um mês após o regresso à Casa Branca, o cenário não é positivo para os eleitores. Uma sondagem NPR/PBS News/Marist concluiu que 53% consideram que o estado da união não é forte, com 54% dos inquiridos a dizer que o país vai na direção errada. Ainda assim, uma melhoria em relação ao ex-presidente Joe Biden. Em janeiro de 2023, 62% consideravam que o estado da união não era forte e, em dezembro do ano passado, 64% diziam que o país ia no caminho errado.A popularidade de Trump está nos 45%, também melhor do que quando entrou pela primeira vez na Casa Branca, em 2017 (39%) e do valor que tinha quando deixou o poder em 2021 (38%). Mas a maioria dos inquiridos critica a rapidez das mudanças que está a implementar, especialmente por não ter em conta as consequências (56%).A resposta democrata ao discurso de Trump fica a cargo da senadora Elissa Slotkin, do Michigan, que está no seu primeiro mandato. Segundo o líder do partido no Senado, Chuck Schumer, ela é uma “estrela em ascensão” entre os democratas, que estão a ter dificuldade em responder e a travar Trump. A antiga líder do Congresso, Nancy Pelosi, que no último discurso do Estado da União de Trump rasgou o discurso do presidente nas suas costas enquanto ele era aplaudido, desta vez defende que os democratas não devem fazer nada. Quer que concentrem a sua resposta em ganhar as eleições intercalares do próximo ano e recuperar a maioria no Senado e na Câmara dos Representantes. “Deixem-no cavar a sua própria sepultura”, afirmou, pedindo aos democratas para não darem a Trump mais munições..Trump suspende toda a ajuda militar à Ucrânia.Kremlin e Trump, a mesma mensagem: “Zelensky não quer a paz”