A estónia Kaja Kallas deverá liderar a diplomacia europeia no próximo mandato de Ursula von der Leyen.
A estónia Kaja Kallas deverá liderar a diplomacia europeia no próximo mandato de Ursula von der Leyen.JOHN THYS / AFP

Ursula von der Leyen já tem lista, mas quer mais mulheres

Portugal faz parte do pequeno grupo de países que apresentou uma nomeada para o próximo mandato da Comissão Europeia.
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A nomeação pela Bélgica já esta semana, e fora do prazo estabelecido, da sua ministra dos Negócios Estrangeiros, Hadja Lahbib, para comissária europeia, permite que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comece a formar a equipa do seu próximo mandato, mas as propostas apresentadas estão longe da paridade pretendida pela alemã, e que havia conseguido no seu primeiro executivo

Von der Leyen tinha pedido aos 26 países do bloco europeu - a Alemanha está representada pela presidente da Comissão - para apresentarem idealmente dois candidatos cada, um homem e uma mulher, para o posto de comissário europeu no próximo mandato. Mas agora que a lista está completa, apenas nove dos 28 nomes apresentados (a Bulgária propôs um homem e uma mulher e a Roménia mudou de candidato para uma candidata) são femininos.

Além da Bélgica e destes últimos dois países, apenas Portugal, Croácia, Finlândia, Espanha, Suécia, Estónia e Alemanha apresentaram nomeadas. 

Face a este cenário, segundo o Politico, Ursula von der Leyen está a pressionar países que apresentaram nomes masculinos para mudarem a sua nomeação, de forma a “evitar a potencial humilhação de apresentar uma equipa dominada por homens.” Entre os alvos de von der Leyen estarão cinco países mais pequenos, entre os quais Eslovénia e Malta.

De acordo com fontes de Bruxelas ouvidas pelo mesmo site de notícias, o falhanço de conseguir um colégio de comissários paritário “arrisca-se a ofuscar o facto de que três dos cargos mais importantes da UE serão ocupados por mulheres: von der Leyen como presidente da Comissão Europeia, a nomeação de Kaja Kallas pela Estónia como chefe do serviço diplomático da UE e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.” António Costa, o presidente eleito do Conselho Europeu, é o único homem entre os quatro cargos de topo da União Europeia.

A alemã já começou a entrevistar os nomeados de forma a proceder à atribuição de pastas, estando previsto que, entre setembro e outubro, se realizem audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários, cabendo aos eurodeputados dar o aval final em plenário para, mais tarde, a nova Comissão tomar posse.

Se todos os nomes propostos tiverem ‘luz verde’ imediata do Parlamento Europeu, o novo colégio de comissários poderá tomar posse já a 1 de novembro. Com uma rejeição esse prazo já passará para 1 de dezembro, dado o tempo necessário para o país em causa propor um novo nome e esse candidato ser entrevistado por Ursula von der Leyen e ouvido em audição em Estrasburgo.

Com agências

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