A opositora venezuelana María Corina Machado é a vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2025, sendo distinguida "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".Eis as primeiras reações à decisão do Comité Nobel Norueguês.Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia:"Parabéns, María Corina Machado, pelo Prémio Nobel da Paz. Este prémio homenageia não só a sua coragem e convicção. Mas todas as vozes que se recusam a ser silenciadas. Na Venezuela e em todo o mundo. Envia uma mensagem poderosa. O espírito de liberdade não pode ser aprisionado. A sede de democracia prevalece sempre.".António Costa, presidente do Conselho Europeu: "Parabéns María Corina Machado pelo Prémio Nobel da Paz. Este reconhecimento é uma prova do seu trabalho incansável pela justiça. Pelo seu firme compromisso com a democracia, os direitos humanos e a luta pela liberdade na Venezuela.".Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu:"Muito orgulho na corajosa María Corina Machado por receber o Prémio Nobel da Paz. A sua luta incansável pela liberdade e democracia na Venezuela tocou corações e inspirou milhões em todo o mundo."No ano passado, o Parlamento Europeu distinguiu a líder opositora venezuelana e Edmundo González com o Prémio Sakharov..Friedrich Merz, chanceler alemão:"A democracia prospera com a coragem dos indivíduos. María Corina Machado luta incansavelmente pela liberdade e pelo Estado de Direito na Venezuela há anos – valores que defendemos em todo o mundo. Parabéns pelo Prémio Nobel da Paz.".Emmanuel Macron, presidente de FrançaO Palácio do Eliseu indicou, em comunicado, que Macron falou ao telefone com María Corina Machado para lhe dar os parabéns pelo Nobel da Paz. Macron "elogiou a sua coragem e o seu firme compromisso com a democracia e a liberdade na Venezuela e expressou a gratidão da França pelo seu trabalho. Esta é uma justa recompensa pela sua luta.""Nestes tempos de perigo para a liberdade, cada vez mais ameaçada, María Corina Machado personifica de forma brilhante a esperança de todo um povo, um ideal universal", termina a nota..Em PortugalMarcelo Rebelo de Sousa, Presidente:"O Presidente da República saúda a atribuição a María Corina Machado do Prémio Nobel da Paz 2025", lê-se na nota publicada no site da presidência."María Corina Machado, que já em 2024 fora justamente galardoada, com Edmundo González Urrutia, com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, tem lutado de forma corajosa e abnegada pela democracia, justiça social e pleno respeito pelos direitos humanos dos venezuelanos.Esta atribuição do Nobel da Paz reconhece e encoraja as aspirações democráticas de todos."Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros:"O MNE Paulo Rangel felicita María Corina Machado pelo Prémio Nobel da Paz 2025. A luta pela democracia, por eleições livres e pelos direitos humanos é a matéria-prima da paz. A coragem e a audácia de Maria Corina Machado são o fermento da paz - de uma paz justa e democrática.".PSD: "O Comité Nobel Norueguês acaba de atribuir o Prémio Nobel da Paz a María Corina Machado, líder das forças democráticas venezuelanas", diz a nota enviada pelo PSD. "O PSD congratula-se com o reconhecimento e com o facto de, há um ano, ter sido o proponente da sua nomeação para o Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu, que viria a vencer."Também a delegação do partido no Parlamento Europeu já reagiu, através do eurodeputado Sebastião Bugalho. "Aplaudimos com muita alegria a atribuição do Prémio Nobel da Paz a María Corina Machado, líder das forças democráticas da Venezuela", indicou o vice-coordenador do Grupo PPE para os Assuntos Externos e um dos principais promotores da candidatura de María Corina Machado e Edmundo González ao Prémio Sakharov.“Hoje, dizemos apenas o que ela nos diria a nós: esta é uma vitória de todos os democratas venezuelanos, dos que resistem e dos que foram forçados a abandonar o seu país, dos presos políticos aos obrigados a mudar de morada todas as semanas. É deles que não nos esquecemos. São eles que María Corina representa. São eles, hoje, que vencem o Nobel da Paz."André Ventura, presidente do Chega:“Acho que é efetivamente uma decisão muito relevante, a atribuição de um Prémio Nobel a María Corina Machado pelo trabalho que tem feito na luta na Venezuela, que diz muito à comunidade portuguesa, diz muito aos portugueses que estão na Venezuela. É uma excelente decisão que mostra como podemos ter um Prémio Nobel da Paz que não seja politizado, mas reconheça verdadeiramente quem trabalha pela paz”, afirmou André Ventura aos jornalistas, durante uma arruada em Braga.Iniciativa Liberal:"María Corina Machado é o prémio Nobel da Paz. A Iniciativa Liberal esteve sempre ao lado dos seus esforços na luta contra a tirania comunista venezuelana. HASTA LA LIBERTAD", escreveu o partido numa das mensagens no X.. Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP:"Tudo indicava que havia que ia haver uma golpada em que Trump seria o prémio Nobel. Não foi Trump, foi uma 'trumpista'. E, portanto, não há muito mais a dizer sobre isso. A Academia entregou um prémio não a Trump -- o que também era demais --, então entregou-o a uma 'trumpista'", criticou o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas durante uma arruada na Baixa da Banheira, no concelho da Moita. Mais críticas A escolha de María Corina Machado não agradou a toda a gente. Em Espanha, o antigo vice-primeiro-ministro espanhol e líder do Podemos, Pablo Iglesias, foi um dos mais críticos."A verdade é que, para atribuir o Prémio Nobel da Paz a Corina Machado, que há anos tenta dar um golpe de Estado no seu país, poderiam tê-lo dado directamente a Trump ou até postumamente a Adolf Hitler. No próximo ano, que Putin e Zelensky o partilhem", escreveu no X..A atual secretária-geral do Podemos, Ione Belarra, também criticou o prémio. "O nível de descrédito experimentado nos últimos anos pelas instituições internacionais que ambicionavam representar a humanidade é extremamente elevado. O Prémio Nobel da Paz é agora atribuído a golpistas e criminosos de guerra", indicou.