Um milhão de europeus defendem proibição de "terapias de conversão" para LGBT+
Um milhão de europeus querem a proibição de "terapias de conversão" para pessoas LGBT+ no velho continente, segundo os resultados de uma iniciativa de cidadãos divulgada esta sexta-feira.
Tendo sido atingido esse número, a Comissão Europeia deverá responder publicamente a esta petição, assinada por figuras do mundo cultural e político, como a cantora belga Angèle e o ex-primeiro-ministro francês Gabriel Attal.
As “terapias de conversão” afirmam alterar a orientação sexual ou a identidade de género de uma pessoa, equiparando a homossexualidade a uma doença, e vão desde sessões de exorcismo, cursos de formação a até mesmo terapia de eletrochoques, entre outros abusos que têm repercussões psicológicas e até físicas duradouras.
“A terapia de conversão deve ser proibida em toda a Europa”, defendeu Angèle, que em 2020 revelou que estava numa relação com uma mulher.
“Foi lançada uma petição corajosa para proibir a terapia de conversão em toda a Europa. Faltam apenas algumas horas para a assinar”, avisou esta quinta-feira Gabriel Attal, o primeiro chefe de governo francês a discutir publicamente a sua homossexualidade, e que agora é o líder dos deputados do Renascimento (centro).
De acordo com a associação ILGA, a terapia de conversão é completamente proibida apenas em oito países da União Europeia: França, Bélgica, Chipre, Alemanha, Malta, Portugal, Espanha e Grécia.