UE e Zelensky apelaram à Rússia que devolvam as crianças raptadas

Numa declaração conjunta por ocasião do Dia Internacional da Criança, Ursula von der Leyen e Zelensky consideraram que "qualquer criança tem o direito de ser livre, protegida".
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exortaram esta quinta-feira a Rússia a repatriar as crianças ucranianas que alegadamente raptou e a acabar com as "adoções expeditas".

Numa declaração conjunta por ocasião do Dia Internacional da Criança, von der Leyen e Zelensky consideraram que "qualquer criança tem o direito de ser livre, protegida".

"Contudo, a guerra de agressão da Rússia está a privar as crianças ucranianas desses direitos", acrescentaram no comunicado.

A representante dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) e o Presidente ucraniano "condenaram veementemente a deportação ilegal e transferência de crianças ucranianas, mais um crime na lista de crimes de guerra da Rússia".

Por isso, Ursula von der Leyen e Volodymyr Zelensky exortaram o Kremlin a acabar com as deportações de crianças, a "acabar com as autodenominadas 'adoções expeditas' e a devolvê-las".

"Vai chegar o momento de levar à justiça os perpetradores desses crimes [...], saudamos a criação do Centro Internacional para a Acusação do Crime de Agressão contra a Ucrânia", completam.

Os dois líderes advertiram que a invasão que a Federação Russa iniciou há mais de um ano está a ter consequências físicas e psicológicas devastadoras para milhões de crianças -- tanto as que fugiram do país para se refugiarem do conflito, como as que permanecem no país e que diariamente são confrontadas com bombardeamentos e, em algumas regiões, a ocupação russa.

Para assegurar o acompanhamento das crianças ucranianas, a União Europeia comprometeu-se um apoio de dez milhões de euros.

Até hoje há mais de um milhão de crianças refugiadas em países Estados-membros do bloco comunitário ao abrigo da diretiva de proteção temporária.

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