Zelensky recebeu esta sexta-feira Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, em Kiev.
Zelensky recebeu esta sexta-feira Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, em Kiev. EPA/ANDRE KOSTERS

Rangel diz que Zelensky acredita que "realmente é possível acordo" para uma trégua

Ministro dos Negócios Estrangeiros português está na Ucrânia e manifesta-se "cauteloso" sobre possibilidade de a Rússia aceitar um cessar-fogo.
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Rangel diz que Zelensky acredita que "realmente é possível acordo" para uma trégua

O ministro dos Negócios Estrangeiros portugês revelou hoje que o Presidente da Ucrânia acredita que "existe realmente uma possibilidade de se chegar a um acordo", mas quer que todas as partes "façam o seu trabalho", após ter sido recebido por Volodymyr Zelensky em Kiev.

"[Zelensky] acha que existe realmente a possibilidade de se chegar a um acordo", disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, na capital da Ucrânia.

No final de uma visita de um dia a Kiev, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros acrescentou que o Presidente ucraniano advertiu que é necessário partir do princípio de "que a Ucrânia tem de ser parte ativa e principal das negociações", assim como os "parceiros europeus, os que são da União Europeia e os que não são".

"Eu acho que [Zelensky], sinceramente, está confiante", admitiu Paulo Rangel.

O governante português considerou que "é preciso que todos atores, a administração norte-americana por um lado, mas também os europeus, façam o seu trabalho e também a sua pressão".

"Nota-se algum cansaço em Volodymyr Zelensky", reconheceu Paulo Rangel, considerando, contudo, que "está presente o discurso de esperança" face à possibilidade de um cessar-fogo de 30 dias que seja o princípio de uma solução de paz.

Macron avisa que "as táticas de adiamento da Rússia têm de acabar"

O presidente francês Emmanuel Macron fez uma publicação na rede social X, depois de ter conversado com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer sobre a proposta de cessar-fogo de 30 dias, na qual pediu à Rússia para aceitar a proposta dos EUA, dizendo que "a agressão russa na Ucrânia deve acabar".

"As atrocidades têm de terminar, assim como as táticas de adiamento", escreveu, numa referência à posição de Vladimir Putin, que sobre a proposta disse haver "nuances" e "muitas questões".

Este sábado, Macron vai participar numa reunião de líderes mundiais por videoconferência, organizada por Starmer, com o objetivo continuar a garantir um "forte apoio" à Ucrânia e de garantir uma "paz solida e duradoura".

Putin garante a segurança dos soldados ucranianos se eles se renderem na região de Kursk

Vladimir Putin garantiu hoje que a Rússia garantirá a segurança das tropas ucranianas na região de Kursk, se elas se renderem.

Em declarações no Conselho de Segurança da Rússia, o presidente apelou às autoridades ucranianas para instruírem os seus militares para deporem as armas.

Esta posição de Putin surge na sequência de uma publicação de Donald Trump que indicava que as tropas ucranianas estavam cercadas naquela região russa, algo que já foi entretanto negado pelo exército da Ucrânia.

Ministro Paulo Rangel reunido com Zelensky em Kiev

Zelensky com Paulo Rangel
Zelensky com Paulo RangelANDRE KOSTERS/LUSA

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, encontrou-se hoje com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com quem abordou o possível papel de Portugal no setor da educação do país durante a reconstrução pós-guerra.

Paulo Rangel, que está na capital ucraniana para uma visita de um dia, encontrou-se com Volodymyr Zelensky, em conjunto com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Áustria, Beate Meinl-Reisinger. 

Não houve declarações depois da reunião, mas nas redes sociais, o chefe da diplomacia portuguesa revelou que foi abordado o papel da União Europeia nas negociações de paz e a presença de Portugal na área da educação e na reconstrução do país

Lusa

Investigação da ONU diz que Rússia cometeu crimes contra a humanidade na Ucrânia

Uma investigação das Nações Unidas concluiu que a Rússia cometeu crimes contra a humanidade, na sequência dos desaparecimentos e dos atos de tortura relatados durante a guerra na Ucrânia

A notícia é avançada pela agência AFP, revelando que a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Ucrânia concluiu que os crimes foram perpetrados como parte de um ataque sistemático e generalizado contra civis.

Este relatório, que será formalmente apresentado na próxima terça-feira, diz que as autoridades russas "cometeram violações e outros crimes durante as detenções prolongadas". "Muitas vítimas estão desaparecidas há meses e anos, e algumas morreram em cativeiro", acrescenta.

Este inquérito foi iniciado em março de 2022 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU como forma de investigar violações e abusos cometidos durante o conflito.

Zelensky diz que "a força da América será suficiente" para forçar Putin a acabar com a guerra

Volodymyr Zelensky garantiu hoje que "Putin não irá terminar a guerra por sua iniciativa, mas a força da América será suficiente para que isso aconteça".

Numa publicação na rede social X, o presidente da Ucrânia apelou para que "a guerra não se arraste" e para que os EUA pressionem Vladimir Putin "para assegurar que a Rússia está pronta para acabar com a guerra", garantindo que a Ucrânia está "pronta para agir rapidamente e de forma construtiva".

Sobre as respostas evasivas da Rússia sobre o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia, Zelensky deixou um aviso: "Não queremos brincar com a guerra." E nesse sentido acusou Putin de "mentir em relação ao que se passa no campo de batalha" e referiu que a economia da Rússia "tem sido prejudicada pelas suas tolas ambições imperiais".

"Putin não pode sair desta guerra porque isso vai deixá-lo sem nada. É por isso que está a fazer tudo o que pode para sabotar a diplomacia, estabelecendo condições extremamente difíceis e inaceitáveis ​​desde o início, mesmo antes de um cessar-fogo", avisou, garantindo que o presidente russo "tentará arrastar toda agente para discussões intermináveis, enquanto as suas armas continuam a matar pessoas".

Ucrânia desmente Tump e garante que não tem militares cercados em Kursk

O exército ucraniano esclareceu entretanto que não tem militares cercados na região russa de Kursk, ao contrário do que foi garantido pelo presidente norte-americano Donald Trump.

De acordo com a agência Reuters, os ucranianos garantem que essa informação é falsa e que não não estão sob ameaça de ficarem cercados, uma vez que as suas tropas "recuaram para posições mais favoráveis".

Casa Branca esclarece que Trump não falou com Putin

A Casa Branca esclareceu hoje que Donald Trump não conversou telefonicamente com Vladimir Putin ao contrário do que foi noticiado na sequência da publicação do presidente norte-americano na rede social Truth Social.

Nesse sentido, é esclarecido que foi o enviado dos Estados Unidos à Rússia, Steve Witkoff, que falou diretamente com o presidente russo, sendo que a Casa Branca considera que a confusão nasceu da publicação de Trump, na qual disse que "pediu veementemente ao presidente Putin".

G7 aprovam declaração que avisa a Rússia para sanções no caso de não aceitarem o cessar-fogo 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos G7 aprovaram uma declaração final na cimeira do Canadá para alertar a Rússia para a necessidade de aceitarem a proposta de cessar-fogo proposta pelos EUA e que já foi aceite pela Ucrânia. Caso contrário, prometem aplicar sanções à Rússia.

"Reafirmamos o nosso apoio inabalável à Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e direito de existir, e na sua liberdade, soberania e independência. Os membros do G7 pediram que a Rússia retribuísse concordando com um cessar-fogo em termos iguais e implementando-o totalmente", acrescenta a declaração, onde é sublinhado que "qualquer cessar-fogo deve ser respeitado" e que existe "a necessidade de entendimentos robustos e confiáveis relativamente à segurança para dessa forma garantir que a Ucrânia possa dissuadir e defender-se contra quaisquer novos atos de agressão".

Lukashenko exclui possibilidade de união da Rússia e da Bielorrússia num futuro próximo

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, excluiu hoje a possibilidade de uma anexação do país ao território russo num futuro próximo e sublinhou a importância do Estado da União, a entidade supranacional que Moscovo e Minsk formaram em 1999.

"Toda a gente aborda as coisas de uma forma antiquada, tanto na Rússia como na Bielorrússia. Relativamente à questão do Estado da União, perguntam-se quando é que a Bielorrússia se tornará parte da Rússia. Não parece que isso vá acontecer tão cedo", afirmou o chefe de Estado bielorrusso numa conferência de imprensa.

Nesse sentido, Lukashenko sustentou que, "abrir esta porta agora", pode "estragar tudo" e recordou que a unificação dos dois territórios -- que é o principal objetivo desta entidade supranacional -- poderia ter tido lugar durante a presidência de Boris Ieltsin.

"Perdemos a oportunidade de o fazer, quando podia ter sido feito. Chegámos a um acordo, mas não assinámos um tratado. Só mais tarde é que Vladimir Putin e eu o fizemos", afirmou, explicando que estas decisões e as que foram tomadas posteriormente se basearam em vários referendos em que a população "pôde exprimir a opinião" sobre o assunto.

Donald Trump já falou com o presidente russo. Conversações "muito boas e produtivas"

O presidente dos EUA, Donald Trump, acaba de anunciar que falou ao telefone com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem disse ter tido conversações "muito boas e produtivas".

“Há uma grande probabilidade de que esta guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim”, disse o presidente norte-americano numa mensagem publicada na sua rede social Truth Social.

De acordo com Trump, a conversa telefónica aconteceu na quinta-feira, durante a qual pediu a Putin para que "sejam poupadas as vidas" dos "milhares" de soldados ucranianos em Kursk, que diz estarem "cercados cercados pelas tropas russas, numa posição muito má e vulnerável".

O presidente dos EUA diz que pode tornar-se "num massacre horrível, nunca visto depois da II Guerra Mundial".

Montenegro vai participar este sábado na conferência online promovida pelo primeiro-ministro britânico

Foto: Gerardo Santos

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai participar este sábado numa conferência promovida pelo seu homólogo britânico, Keir Starmer, sobre o caminho para a paz na Ucrânia.

"Continuaremos a ser um elemento de acompanhamento e apoio político, económico, humanitário e militar à Ucrânia", garantiu o chefe de Governo português.

À margem da visita à Bolsa de Turismo de Lisboa, Montenegro disse que iria partipar na conferência online promovida por Starmer, durante a manhã deste sábado, "com o objetivo" de Portugal dar "um contributo para um processo de paz que envolva a Ucrânia, envolva a UE".

Disse ainda que o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também irá participar nesta iniciativa.

Putin vai falar com Trump, confirma Kremlin, mas conversa ainda não foi agendada

O porta-voz do Kremlin disse esta sexta-feira que, no âmbito do encontro entre Steve Witkoff, o enviado do presidente dos EUA, e o líder russo, foi acordado que Vladimir Putin irá falar com Donald Trump.

“A hora exacta da conversa entre os dois presidentes ainda não foi acordada”, disse Dmitry Peskov, citado pela Sky News.

Depois de Witkoff "transmitir todas as informações recebidas em Moscovo" ao presidente norte-americano, "determinaremos o momento da conversa” entre os dois líderes, adiantou o porta-voz da presidência russa.

Peskov afirmou ainda que Putin enviou uma mensagem ao presidente norte-americano, através de Witkoff, sobre a proposta de um cessar-fogo de 30 dias, indicando que há motivos para um “otimismo cauteloso”.

Rangel em Kiev "nada seguro" de que a Rússia vá aceitar cessar-fogo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, que está esta sexta-feira em Kiev, disse que está "extremamente cauteloso" quanto à possibilidade de a Rússia aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, após declarações do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Estou extremamente cauteloso, não estou nada seguro de que a Federação Russa vá aceitar o cessar-fogo", disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, em Kiev, capital da Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros insistiu que "não há qualquer certeza sobre o avanço deste acordo", mas advertiu que Washington -- que está a fazer a mediação deste acordo -- "fez saber que o compromisso que está em cima da mesa é claramente aceitável para as duas partes".

Sobre a declaração feita na quinta-feira pelo Presidente russo, Paulo Rangel opinou que "a proclamação inicial parecia ser encorajante", mas o detalhe das exigências feitas por Vladimir Putin não deixou margem para celebrar um acordo de cessar-fogo.

Lusa

Zelensky recebeu esta sexta-feira Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, em Kiev.
Putin não se desvia um milímetro ao condicionar aceitação da trégua

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