A Alemanha, o segundo maior contribuinte de ajuda à Ucrânia logo a seguir aos Estados Unidos, planeia reduzir para metade a sua ajuda militar bilateral a Kiev em 2025, avançou uma fonte parlamentar à AFP. De acordo com dados do Instituto Kiel, até 30 de junho Berlim já tinha doado 10,2 mil milhões de euros em apoio militar, 3,05 mil milhões em ajuda humanitária e 1,4 mil milhões em auxílio financeiro. .Em vez disso, o Governo do chanceler Olaf Scholz irá apostar no dinheiro gerado pelos ativos russos congelados para continuar a apoiar Kiev, e não está a planear qualquer “ajuda adicional” aos 4000 milhões de euros previstos no Orçamento para 2025. Este ano, a ajuda de Berlim ascendeu a 8000 milhões de euros..Uma fonte do Ministério das Finanças alemão explicou à AFP que, para compensar este corte, Berlim conta com “a criação, no âmbito do G7 e da União Europeia, de um instrumento financeiro que utiliza ativos russos congelados”..Os Aliados da Ucrânia têm trabalhado num mecanismo que permita que parte dos cerca de 272 mil milhões de euros em ativos russos congelados em todo o mundo sejam usados para apoiar Kiev na sua guerra com Moscovo..Estas duas fontes confirmam notícias separadas da imprensa germânica, com o jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung a escrever na sua edição de fim de semana que a medida faz parte de um acordo entre o chanceler Scholz, do SPD, de centro-esquerda, e o ministro liberal das Finanças, Christian Lindner - o Orçamento para 2025 tem sido objeto de acesas discussões dentro da coligação governamental formada pelo SPD, o partido liberal FDP e os Verdes..Uma má notícia para Kiev tornada pública no dia em que o presidente Voldymyr Zelensky afirmou que que as forças ucranianas estão a “fortalecer” as suas posições na região russa de Kursk, na sequência da ofensiva iniciada no dia 6..“Agradeço a todos os nossos soldados e comandantes que estão a capturar militares russos, avançando assim com a libertação dos nossos guerreiros e civis detidos pela Rússia”, referiu o governante..Já o Ministério da Defesa russo referiu que repeliu “ataques” ucranianos “na direção de Korenevo, Russkoye e Cherkas- skoye Porechnoye”..A Ucrânia tem insistido que estes avanços não visam a ocupação permanente de território, mas sim forçar a Rússia a entrar em negociações “justas”.