O Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou imagens do político pró-Kremlin capturado e aliado de Vladimir Putin, Viktor Medvedchuk, a apelar ao presidente russo para ser trocado por moradores de Mariupol..Dirigindo-se a Putin e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Medvedchuk disse que as pessoas na cidade foram bloqueadas e que não têm acesso a corredores humanitários..A Ucrânia tinha anunciado anteriormente que Medvedchuk tinha sido encaminhado para a região separatista da Transnístria após ser capturado e detido..Medvedchuk, de 67 anos, estava em prisão domiciliária desde maio de 2021, acusado de alta traição por revelar segredos de Estado, fazer negócios na península ucraniana anexada da Crimeia e com separatistas pró-Rússia em Donbass, trabalhar para a Rússia e ter "laços fortes" com o Presidente russo, Vladimir Putin..Em 26 de fevereiro, dois dias após o início da invasão russa da Ucrânia, a polícia ucraniana notificou o seu desaparecimento durante uma visita de controlo..Putin é padrinho de uma das filhas de Medvedchuk, considerado a 12.ª pessoa mais rica da Ucrânia pela revista Forbes em 2021, com uma fortuna de 620 milhões de dólares (cerca de 572 milhões de euros)..Viktor Medvedchuk é fundador do partido pró-Rússia Plataforma da Oposição -- Pela Vida, que tinha 34 dos 450 deputados ao parlamento ucraniano antes de ser banido em março..Segundo o porta-voz do Kremlin, Medvedchuk foi alvo de um "processo político" com base em "acusações imaginárias", até porque "a pessoa em questão sempre se manifestou pela paz, contra a guerra [na região de Donbass, que eclodiu em 2014] e contra a expansão do conflito"..A sua posição, defendeu Dmitri Peskov, "sempre foi pública e nunca manteve relações de bastidores com a Rússia. Se isso tivesse acontecido, certamente Medvedchuk teria deixado a Ucrânia antes da operação militar"..De acordo com o porta-voz do Kremlin, "se as ideias de Medvedchuk e as ideias do seu partido tivessem sido levadas em consideração ou servissem como base da política estatal da Ucrânia, não teria havido nenhuma operação militar especial" no país.."Vamos, com certeza, seguir o destino de Viktor Medvechuk de perto e exortamos os políticos europeus a fazer o mesmo, já que se preocupam tanto com a liberdade de expressão e em não perseguir pessoas por motivos políticos", referiu ainda, considerando que "o que aconteceu com Medvedchuk é uma demonstração brilhante do que o regime de Kiev representa".