Donald Trump mostra como vai ser o salão de baile
Donald Trump mostra como vai ser o salão de baileAARON SCHWARTZ / POOL

Trump processado por grupo de preservação que quer impedir o novo salão de baile na Casa Branca

National Trust for Historic Preservation pede a suspensão imediata das obras, alegando que o projeto está a avançar sem as avaliações ambientais, pareceres técnicos e autorizações legais obrigatórias.
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Um grupo de preservação histórica norte-americano avançou com uma ação judicial para tentar travar a construção do novo salão de baile planeado por Donald Trump para a Casa Branca, um projeto avaliado em cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 255 milhões de euros).

O processo foi apresentado na sexta-feira, 12 de dezembro, pelo grupo National Trust for Historic Preservation num tribunal federal em Washington. Esta organização pede a suspensão imediata das obras, alegando que o projeto está a avançar sem as avaliações ambientais, pareceres técnicos e autorizações legais exigidas por lei. Um juiz federal, Richard Leon, marcou uma audição para a próxima terça-feira, 16 de dezembro, onde irá analisar o pedido de uma providência cautelar para parar a construção.

Em causa está um salão de baile com cerca de 8.400 metros quadrados, quase o dobro da dimensão da Casa Branca original, erguido no local onde se situava a Ala Este, entretanto demolida. As obras decorrem a ritmo acelerado, incluindo trabalhos noturnos.

Na ação judicial apresentada, o grupo de preservação defende que nenhum presidente tem autoridade para demolir partes da Casa Branca ou construir novas estruturas em propriedade pública sem qualquer escrutínio. “Nenhum presidente está legalmente autorizado a fazer isto sem revisão. Nem Donald Trump, nem Joe Biden, nem qualquer outro”, lê-se no documento, citado pela Reuters.

A organização acusa ainda a Casa Branca de ter ignorado a obrigatoriedade de consultar determinadas entidades, bem como de não ter feito qualquer consulta pública. “Ouvir os americanos demonstra respeito e ajuda a construir um legado duradouro”, afirmou Carol Quillen, presidente da organização.

O salão de baile é uma das várias alterações profundas que Trump introduziu desde que regressou à Casa Branca, em janeiro. Entre elas estão a instalação de decorações douradas no Salão Oval e a pavimentação do Jardim das Rosas, transformado num pátio inspirado na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida.

Em reação ao processo judicial, o porta-voz da Casa Branca David Ingle garantiu que o presidente tem “plena autoridade legal para modernizar, renovar e embelezar a Casa Branca”, sublinhando que outros presidentes também fizeram mudanças significativas no edifício. No entanto, não esclareceu se Trump tenciona submeter o projeto à aprovação do Congresso.

O último grande exemplo de remodelação comparável na Casa Branca remonta à era de Harry Truman (1945-1953), que obteve autorização expressa do Congresso e criou uma comissão bipartidária para supervisionar os trabalhos.

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