O presidente dos EUA, Donald Trump, diz no Knesset que este "não é apenas o fim de uma guerra, é o fim de uma era de terror e de morte" e "o amanhecer histórico de um novo Médio Oriente". Trump fala num "dia de alegria profunda", lembrando que "depois de tantos anos de guerra incessante e de perigos intermináveis, hoje os céus estão calmos, as armas estão silenciosas e as sirenes estão paradas.""A terra sagrada está finalmente em paz" e que, "se Deus quiser, será uma paz para toda a eternidade", referiu."É o início de uma grande concórdia e de uma harmonia duradoura para Israel e para todas as nações do que será em breve uma região verdadeiramente magnífica".O presidente é aplaudido várias vezes de pé, dizendo que é uma "grande honra" poder discursar no Knesset nesta ocasião."Agora, finalmente, não só para os israelitas, mas também para os palestinianos e muitos outros. O longo e doloroso pesadelo acabou finalmente", disse.Trump falou "numa conquista sem precedentes", explicando que "praticamente toda a região endossou o plano de que Gaza será imediatamente desmilitarizada, que o Hamas será desarmado e que a segurança de Israel não será mais ameaçada de forma alguma".O presidente lembrou contudo que "agora é tempo de transformar estas vitórias contra os terroristas no campo de batalha no prémio máximo de paz e prosperidade para todo o Médio Oriente. Já passou da hora de poderem desfrutar dos frutos do vosso trabalho."Trump disse que a escolha dos palestinianos não podia ser mais clara. "Esta é a sua oportunidade de se afastarem para sempre do caminho do terror e da violência. Exilar as forças perversas do ódio que estão entre eles. E acho que isso vai acontecer."O presidente iniciou o seu discurso elogiando "20 reféns corajosos" que, segundo ele, estão a "regressar ao glorioso abraço das suas famílias. E é glorioso"..Já foram libertados pelos Hamas todos os reféns israelitas vivos.Trump reiterou ainda ter acabado com oito guerras em oito meses, dizendo que isso "significa que não se gosta de guerra". E insistiu: "A minha personalidade é acabar com as guerras. E parece estar a resultar." E durante o discurso, diz que agora é hora de acabar com a guerra na Ucrânia.Trump saudou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pelo seu papel no acordo de cessar-fogo. "Ele não é o tipo mais fácil de lidar, mas é isso que o torna excelente", disse Trump. "Muito obrigado, Bibi [o nome pelo qual é conhecido Netanyahu]. Óptimo trabalho."Momentos mais tarde, dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, diz que ele pode ser "mais simpático" para o líder da oposição, Yair Lapid, porque "já não estás em guerra". Trump referiu-se ainda ao facto de Netanyahu estar a ser julgado por corrupção, virando-se para o presidente israelita, Isaac Herzog, e para o líder do Knesset e dizendos-lhe para emitirem um perdão. "Este foi um dos maiores presidentes [sic] em tempo de guerra, charutos e champanhe, quem se importa com isso?", comentou..Netanyahu diz que Trump é "o melhor amigo que Israel alguma vez teve na Casa Branca" .A certa altura, quanto o presidente norte-americano elogiava o seu enviado especial no Médio Oriente, Steve Witkoff, o discurso foi interrompido, por segundos, por dois deputados da extrema-esquerda aos gritos, que foram retirados da sala. Um deles tinha um cartaz onde se lia "Reconhece a Palestina". Os outros deputados começaram a gritar "Trump, Trump", para silenciar o protesto. .No discurso, o presidente dos EUA referiu ainda o ataque norte-americano ao Irão. "Impedimos o principal patrocinador estatal do terrorismo na obtenção das armas mais perigosas do mundo", disse Trump, dizendo que sem isso "haveria uma nuvem negra sobre o acordo", acrescentou."Tiramos uma grande nuvem do Médio Oriente e de Israel", disse Trump, sob aplausos. "Eles sofreram um duro golpe", referiu, admitindo contudo que "seria ótimo se pudéssemos fazer um acordo de paz" com eles também. Mas primeiro, referiu, "a Rússia". "A paz não é apenas um sonho, é uma realidade que podemos construir aos poucos", disse o presidente.