O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva inédita que concede ao Qatar amplas garantias de segurança, incluindo a possibilidade de recurso a meios militares norte-americanos. A medida surge três semanas depois de Israel ter bombardeado em Doha dirigentes do Hamas, num ataque que também vitimou um agente de segurança qatari e desencadeou uma crise diplomática.Segundo a agência EFE, o decreto estabelece que qualquer ataque armado contra “o território, a soberania ou a infraestrutura do Catar” será considerado “uma ameaça à paz e à segurança dos Estados Unidos”. Nesse cenário, Washington compromete-se a agir por “todos os meios legais e apropriados - diplomáticos, económicos e, se necessário, militares” para defender tanto os interesses norte-americanos como os do Qatar.Além disso, prevê ainda a elaboração de planos conjuntos de contingência entre os dois países, garantindo uma resposta coordenada a qualquer agressão externa.Divulgada foto do telefonema de Netanyahu para Doha A decisão foi tomada no mesmo dia em que Trump recebeu Benjamin Netanyahu na Casa Branca. Visivelmente irritado com o ataque israelita em território qatari, Trump convenceu o primeiro-ministro israelita a telefonar ao seu homólogo de Doha, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, para apresentar desculpas formais. Para que não ficassem dúvidas dessa exigência diplomática dos EUA, a Casa Branca divulgou fotografias da reunião entre Trump e Netanyahu na passada segunda-feira e incluiu imagens que mostram Trump a entregar o telefone a Netanyahu e o PM israelita a ler uma folha, alegadamente com o pedido de desculpas.O governo do Qatar classificou as palavras de Netanyahu como um verdadeiro pedido de desculpas, enquanto o gabinete do líder israelita limitou-se a referir que este expressou pesar pela morte do agente qatari e prometeu não voltar a violar a soberania do país..Casa Branca: ataque ao Hamas no Qatar “não promove os objetivos de Israel nem dos EUA”