O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país irá aplicar tarifas de cerca de 100% sobre a importação de semicondutores. No entanto, empresas que produzam em solo americano ou que se comprometeram a fazê-lo ficarão isentas da medida.A declaração foi feita na quarta-feira, em paralelo com o anúncio de um novo investimento de 100 mil milhões de dólares da Apple nos EUA. “Para empresas como a Apple, que constroem cá, não haverá custo”, exemplificou Trump, alertando ainda que promessas não cumpridas de investimento nos EUA serão punidas com tarifas retroativas.A medida, que visa reforçar a produção interna, num contexto de crescente tensão comercial com a China e preocupações com a segurança nacional, foi anunciada horas antes da entrada em vigor do novo mapa tarifário imposto por Trump a dezenas de países.Empresas como a taiwanesa TSMC, que já operam fábricas nos EUA, deverão ser poupadas a esta tarifa excecional sobre os semicondutores. A Nvidia, por exemplo, depende fortemente da TSMC para produzir chips de inteligência artificial.A Coreia do Sul foi rápida a reagir, anunciando que Samsung e SK Hynix não serão afetadas pelas tarifas máximas.Segundo analistas consultados pela agência Reuters, empresas com capital suficiente para investir nos EUA sairão beneficiadas. “É a sobrevivência dos maiores”, afirmou Brian Jacobsen, economista da Annex Wealth Management.O Congresso dos EUA aprovou, em 2022, um programa de 52,7 mil milhões de dólares para impulsionar a produção nacional de chips. Atualmente, apenas 12% dos semicondutores globais são produzidos nos EUA — um declínio face aos 40% registados em 1990..Tarifas "recíprocas" impostas por Trump começam esta quinta-feira a ser aplicadas.Tarifas: Trump impõe sobretaxa adicional de 25% a produtos da Índia