O primeiro-ministro da Tailândia (no centro), o seu homólogo do Camboja e o presidente dos EUA
O primeiro-ministro da Tailândia (no centro), o seu homólogo do Camboja e o presidente dos EUAMOHD RASFAN/EPA

Trump anuncia "acordo histórico" entre Tailândia e Camboja após disputa fronteiriça

Confrontos na fronteira entre a Tailândia e o Camboja, em julho, causaram mais de 40 mortos e centenas de milhares de deslocados.
Publicado a
Atualizado a

O Presidente dos Estados Unidos anunciou este domingo, 26 de outubro, em Kuala Lumpur, a assinatura de um "acordo histórico" entre o Camboja e a Tailândia, que têm uma disputa fronteiriça, numa cerimónia com os líderes dos dois países.

"É um acordo histórico para acabar com o conflito militar entre o Camboja e a Tailândia", disse Donald Trump durante uma intervenção no centro de convenções de Kuala Lumpur, onde chegou este domingo para participar na cimeira de líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Confrontos entre a Tailândia e o Camboja, em julho, na fronteira comum, cujo traçado ambos contestam, causaram mais de 40 mortos e centenas de milhares de deslocados.

O primeiro-ministro da Tailândia (no centro), o seu homólogo do Camboja e o presidente dos EUA
Tailândia e Camboja acordam cessar-fogo em conflito fronteiriço

A etapa malaia de Donald Trump faz parte de uma digressão asiática que o leva também à Coreia do Sul, onde se vai reunir na quinta-feira com o homólogo chinês, Xi Jinping, para discussões comerciais cruciais para a economia mundial.

Trump também se mostrou aberto a um encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante esta digressão.

"Se quiserem passar a mensagem, estou aberto a isso", afirmou no sábado.

Encontro com Lula

Certo é o encontro, este sábado, com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil e os Estados Unidos estão a viver uma crise diplomática sem precedentes, depois de Trump ter imposto tarifas de 50% sobre grande parte dos produtos brasileiros, na sequência do julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

Donald Trump já tinha afirmado que um encontro em Kuala Lumpur com o homólogo brasileiro estava nos seus planos. "Penso que nos vamos encontrar, sim. Já nos vimos brevemente na Assembleia Geral das Nações Unidas ", disse, na sexta-feira, aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, quando viajava para a Malásia.

Quando questionado sobre a possibilidade de reduzir as tarifas de 50% impostas às importações do Brasil, o líder norte-americano deixou a porta aberta, afirmando estar disposto a fazê-lo “se as circunstâncias forem adequadas”.

Também na sexta-feira Lula disse estar "interessado nesse encontro", com o objetivo de "defender os interesses do Brasil e mostrar que houve um erro nas tarifas sobre o Brasil".

O primeiro-ministro da Tailândia (no centro), o seu homólogo do Camboja e o presidente dos EUA
Trump vai à Ásia com futuro da economia na bagagem e encontro com Xi na agenda

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt