Trump ameaça “ir matar” membros do Hamas
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Trump ameaça “ir matar” membros do Hamas

“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não está previsto no acordo, não teremos outra opção a não ser ir matá-los", ameaçou o presidente dos Estados Unidos.
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou esta quinta-feira, 16 de outubro, “ir matar” os membros do movimento islamita palestiniano Hamas, se este “não parar de matar pessoas” na Faixa de Gaza.

“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não está previsto no acordo [de cessar-fogo], não teremos outra opção a não ser ir matá-los (aos membros do movimento)”, escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

O Hamas divulgou na terça-feira um vídeo mostrando execuções sumárias de alegados “colaboradores” em plena rua, na cidade de Gaza.

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A demora na entrega dos reféns mortos está a colocar pressão no frágil acordo de cessar-fogo, que prevê um comité internacional que ajude o Hamas a encontrar os corpos dados como desaparecidos.

Na noite de quarta-feira, a Casa Branca (presidência norte-americana) afastou uma violação do entendimento por parte do Hamas, tal como tinha sido anteriormente sugerido pelo Governo israelita, que ameaçou condicionar o fluxo da ajuda humanitária à Faixa de Gaza ou até romper o acordo e regressar à ofensiva militar no enclave.

O jornal Jerusalem Post noticiou esta quinta-feira, citando fontes diplomáticas, que Israel está a partilhar com a mediação norte-americana dados dos seus serviços de informações que facilitem a localização dos corpos desaparecidos.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o principal impulsionador do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a mediação de delegações egípcias, qataris e turcas.

Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo na Faixa de Gaza, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros.

A segunda fase vai abordar a reconstrução, bem como o desarmamento do Hamas e a governação do território.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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