O presidente norte-americano, Donald Trump
O presidente norte-americano, Donald TrumpEPA/YURI GRIPAS / POOL

Trump ameaça "enorme aumento nas tarifas à China"

A guerra comercial volta a subir de tom. Depois de a China aumentar as restrições sobre exportações de terras raras, Donald Trump diz que se vê "forçado" a responder.
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Os Estados Unidos estão a equacionar "um enorme aumento nas tarifas aplicadas à importação de produtos chineses".

O aviso foi deixado por Donald Trump, em reação à implementação, por parte da China, de restrições às exportações de tecnologias associadas a terras raras. Nos últimos dias, as mesmas foram levadas para o centro da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

De acordo com uma publicação do presidente dos EUA na rede social Truth Social, o próprio vê-se "forçado" a responder e há "muitas outras contramedidas" que podem vir a caminho.

Os dois países discutem a dianteira da indústria. Trump entende que "os EUA também têm posições de monopólio, muito mais fortes e que chegam muito mais longe que as da China. Eu é que escolhi não as usar - ATÉ AGORA!", pode ler-se na publicação.

De acordo com o chefe de Estado dos EUA, a China tem tomado medidas para controlar o comércio em vários âmbitos, "começando com os ímanes", antes de prosseguir para outros minérios. O líder norte-americano diz que os chineses querem a liderança no setor, ao mesmo tempo que considera esta uma decisão "sinistra" e promete responder com força.

"Eles estão a tornar-se muito hostis e enviam cartas para países de todo o mundo a dizer que querem impor controlo das exportações" de metais de terras raras. O próprio salienta que a medida ameaça "bloquear os mercados e tornar a vida difícil para virtualmente todos os países do mundo, especialmente a China", sublinha.

Trump mostra perplexidade e afasta quase por completo eventuais negociações

"A nossa relação com a China nos últimos seis meses foi muito boa, fazendo desta decisão comercial ainda mais surpreendente", aponta. Na mesma publicação, aborda ainda a eventualidade de se sentar com Xi Jinping no final deste mês, alegando que é uma possibilidade quase remota.

"Eu ia reunir com o presidente Xi na APEC, Coreia do Sul, mas agora parece não haver razão para o fazer", escreveu Trump, numa referência ao Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), que tem início no dia 31 de outubro.

O presidente norte-americano, Donald Trump
China reforça restrições nas exportações de tecnologias relacionadas com as terras raras
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