Testes rápidos grátis para todos em Inglaterra duas vezes por semana

A partir de sexta-feira, vão ser disponibilizados duas vezes por semana testes rápidos à população em Inglaterra. Uma medida que acompanha o atual processo de desconfinamento desenhado pelo governo britânico.
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À medida que o país desconfina, Inglaterra avança agora para uma nova fase de testagem à infeção pelo novo coronavírus. Já a partir de 9 abril (próxima sexta-feira), dá-se início à realização em massa de testes rápidos de despiste à covid-19.

A estratégia de testagem anunciada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, implica que todos em Inglaterra vão poder fazer um teste rápido duas vezes por semana, de forma gratuita.

Os testes são destinados às pessoas assintomáticas (sem sintomas da covid-19) e podem ser feitos em casa. O objetivo é quebrar cadeias de transmissão do SARS-CoV-2, evitar surtos da doença e detetar possíveis variantes do vírus.

O acesso aos testes rápidos - cujo resultado é obtido em cerca de 30 minutos - é gratuito e pode ser feito através de farmácias, nos locais de testagem e pelo correio, noticia a BBC.

Boris Johnson destaca esta testagem em massa, sublinhando o "bom progresso" que o país tem registado no plano de vacinação.

Numa altura em que Inglaterra está, de forma gradual, a desconfinar, "os testes rápidos regulares são ainda mais importantes para garantir que os esforços não são desperdiçados", salientou o primeiro-ministro.

Na próxima semana, a segunda fase do desconfinamento passa pela reabertura de lojas não essenciais e de esplanadas de restaurantes e pubs.

"Cerca de uma em cada três pessoas com covid-19 não apresenta sintomas e, à medida que reabrimos a sociedade e retomamos partes da vida que perdemos, o teste rápido regular será fundamental para nos ajudar a detetar rapidamente os casos positivos e colocar um fim a qualquer surto", salientou o ministro da Saúde, Matt Hancock.

No início do ano, os testes rápidos começaram a ser disponibilizados em Inglaterra a alunos e funcionários das escolas, tendo em vista o regresso às aulas presenciais. A estratégia foi depois alargada a todas as famílias com crianças em idade escolar.

Escreve a BBC que em meados de fevereiro eram realizados 250 mil testes rápidos por dia, um número que subiu para mais de um milhão por dia no final de março.

O Reino Unido pretende avançar também com os passaportes covid-19 para que seja possível no futuro a realização de eventos como jogos de futebol, conferências e espetáculos.

O governo britânico vai, aliás, começar a testar este mês os passaportes covid-19 em cinemas e eventos desportivos no âmbito da estratégia de redução gradual das restrições no país, onde metade da população adulta já tomou uma dose da vacina.

No documento deverá constar a informação de que o passageiro já foi vacinado, testou negativo à covid-19 recentemente ou que tem imunidade natural decorrente da infeção.

O governo britânico pretende ainda aplicar um sistema de semáforo, a partir do qual os níveis de risco de infeção dos países serão avaliados, tendo em vista o regresso das viagens turísticas.

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