O governo japonês acusou pilotos de caça chineses de terem iluminado com radar aeronaves militares japonesas em duas ocasiões distintas na região de Okinawa, classificando os episódios como perigosos e “extremamente lamentáveis”. A iluminação por radar é interpretada em Tóquio como sinal de preparação para possível ataque, e o Japão apresentou protesto formal a Pequim. A primeira‑ministra Sanae Takaichi condenou publicamente as ações, enquanto o ministro da Defesa, Shinjiro Koizumi, prometeu resposta “resoluta e calma”, noticia este domingo (7) a Reuters.Pequim sustenta que aviões japoneses interferiram em treinos de aviação em navio a leste do Estreito de Miyako e acusa o Japão de difamação e de pôr em risco a segurança. A Austrália manifestou “profunda preocupação” e apoio a Tóquio, e representantes dos Estados Unidos adotaram tom comedido, ainda que o embaixador no Japão tenha expressado solidariedade. A presença de instalações militares norte‑americanas em Okinawa aumenta a sensibilidade do caso, como descreve a Reuters.Num contexto de deterioração das relações sino‑japonesas, alimentado por declarações de Tóquio sobre Taiwan e por exercícios e patrulhas chinesas mais frequentes no Pacífico Ocidental, autoridades e analistas alertam para o risco de escalada e defendem regras de engajamento e canais de comunicação mais robustos. A tensão no Pacífico está a aumentar e estes episódios são apontados como os mais graves entre forças chinesas e japonesas em anos.