Chefias militares dos aliados vão preparar ajuda no terreno à Ucrânia O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse este sábado que o presidente russo, Vladimir Putin, está a tentar adiar a paz, mas que terá que se sentar "mais cedo ou mais tarde" à mesa de negociações e manter "conversas sérias" para acabar com a guerra na Ucrânia.Numa reunião virtual organizada pelo Reino Unido com a chamada "Coligação de Voluntários", que reuniu 26 líderes aliados , Dtarmer anunciou uma nova reunião de chefes militares para a próxima quinta-feira e pediu "pressão contínua sobre Putin para que venha à mesa de negociações". "E acho que, coletivamente, temos várias maneiras de fazer isso", acrescentou.Starmer garantiu que esta nova "coligação" elaborará planos para contribuir para a segurança da Ucrânia por "terra, mar e ar" no caso de um acordo de paz. "Estaremos prontos para mobilizar-nos para contribuir para a segurança da Ucrânia", assegurou o britânico.A reunião de comandantes militares na próxima semana servirá para "promover planos práticos sobre como os nossos militares podem apoiar a segurança futura da Ucrânia", anunciou..O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de estar a mentir quando diz que o estabelecimento de uma trégua de 30 dias proposta por Kiev e Washington seria "complicado"."Putin também está a mentir sobre o cessar-fogo ser alegadamente muito complicado. Na realidade, tudo pode ser controlado, e nós discutimos isso com os americanos", disse Zelensky numa mensagem na rede social X."Querem uma posição mais forte antes do cessar-fogo", explicou Zelensky numa conferência de imprensa em Kiev.Washington quer uma trégua o mais rapidamente possível na Ucrânia.Após negociações conjuntas na terça-feira em Jeddah, Arábia Saudita, Estados Unidos e Ucrânia propuseram um fim das hostilidades por 30 dias, desde que a Rússia também cumpra.Contudo, Putin manifestou reservas sobre esta proposta, particularmente sobre o modo de controlo da trégua, ao mesmo tempo que manifestou receios de que a Ucrânia possa utilizar esta pausa para recrutar soldados e receber novas armas ocidentais.Zelensky insistiu ainda que a questão "complexa" do controlo de territórios deve ser "resolvida mais tarde na mesa das negociações"."Os Estados Unidos levantaram esta questão durante a reunião em Jeddah. Conhecem a posição ucraniana", disse Zelensky, reiterando que a sua posição é "não reconhecer os territórios ucranianos ocupados como russos em nenhuma circunstância"..A Austrália está aberta a participar numa força de manutenção de paz na Ucrânia, afirmou hoje o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, após uma reunião virtual com 25 líderes internacionais organizada pelo Reino Unido. "A Austrália está sempre aberta a considerar novas propostas para apoiar a Ucrânia", disse, num comunicado publicado após o encontro, realizado por videoconferência.Albanese mostrou-se disposto a "considerar quaisquer pedidos para contribuir para um futuro esforço de manutenção de paz" recordando uma tradição de 80 anos de participação em missões de manutenção de paz. Lusa.O chanceler alemão, Olaf Scholz, instou a Rússia a trabalhar "finalmente" para uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia, depois de ter participado na cimeira virtual convocada pelo seu homólogo britânico."Cabe agora à Rússia pôr termo aos seus ataques diários às cidades ucranianas e às infraestruturas civis e enveredar finalmente pelo caminho de uma paz duradoura e justa", afirmou Olaf Scholz, citado pelo seu porta-voz num comunicado de imprensa, prometendo que o seu país continuará a apoiar Kiev até que esse objetivo seja alcançado.Lusa.A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, agradeceu a Starmer pela iniciativa e reiterou o apoio ao acordo de cessar-fogo ucraniano. "A Rússia deve agora demonstrar a sua disponibilidade para apoiar um cessar-fogo que conduza a uma paz justa e duradoura", afirmou Von der Leyen nas redes sociais.Entretanto, acrescentou, a UE "apoiará o reforço da Ucrânia e das suas Forças Armadas" vai "intensificar os esforços de defesa da Europa" através do aumento das despesas neste setor. Lusa.O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a 25 líderes europeus e aliados, reunidos hoje numa reunião virtual, mais clareza sobre as garantias de segurança a um futuro acordo de paz. "Temos de definir uma posição clara sobre as garantias de segurança. A segurança é fundamental para tornar a paz credível e duradoura. Temos de continuar a trabalhar nos contingentes que constituirão a base das futuras Forças Armadas da Europa", afirmou, de acordo com uma publicação na rede social X.Segundo Zelensky, "a paz será mais segura com contingentes europeus no terreno e com os americanos como apoio. Devem ser assumidos compromissos claros sobre o modo de funcionamento deste sistema".O Presidente ucraniano, que participou na conferência realizada hoje pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, urgiu também os aliados a investir mais em capacidade militar e no reforço dos meios aéreos. "Por favor, façam-no o mais rapidamente possível. (...) Agradeço a cada um de vós que nos está a ajudar nesta matéria", escreveu.Lusa.O presidente do Conselho Europeu defendeu hoje que a Rússia tem de mostrar "real vontade política" para acabar com o conflito na Ucrânia e disse que a Europa quer garantir que os ucranianos tenham uma posição forte em futuras negociações."Agora, a Rússia precisa de mostrar real vontade política para acabar com a guerra", escreveu António Costa na rede social X, depois de uma reunião de 25 países, por videoconferência.Na publicação, António Costa diz que a Europa está empenhada em "assegurar que a Ucrânia tem uma posição forte em futuras negociações de paz"."A União Europeia contribui ativamente para fortalecer a Ucrânia e aumentar a sua capacidade de defesa, através de apoio político, financeiro e militar, para alcançar uma paz completa, justa e duradoura".Lusa.O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, reiterou que não apoiará a integração da Ucrânia, país vizinho, na União Europeia e garantiu que, "sem a Hungria não haverá nenhuma decisão sobre a questão", dando a entender que vetará qualquer decisão sobre o assunto.Num discurso perante milhares de apoiantes que, em frente ao Museu Nacional, celebravam o feriado nacional da revolução húngara de 1848 contra o domínio dos Habsburgos, Orbán defendeu ainda que o "império de Bruxelas" abusa do seu poder."Chegará o tempo de reclamarmos os direitos que [Bruxelas] nos tirou", afirmou o primeiro-ministro, que repetidamente acusa a União Europeia de limitar as competências nacionais.Leia mais aqui.A primeira-ministra italiana informou hoje outros líderes europeus que o seu Governo não tenciona participar com tropas italianas numa potencial força de paz para a Ucrânia, um dos temas em debate no âmbito de um possível cessar-fogo."A primeira-ministra confirmou que a Itália tenciona continuar a trabalhar com os seus parceiros europeus e ocidentais e com os Estados Unidos para definir garantias de segurança credíveis e eficazes, reiterando que não está prevista a participação nacional numa eventual força militar no terreno", afirmou o Governo italiano em comunicado.Embora a sua presença não fosse ainda certa, Giorgia Meloni acabou por se juntar à cimeira virtual convocada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.Em comunicado, o Governo italiano sublinhou a necessidade de trabalhar em prol de "uma paz justa e duradoura" e "da futura soberania e segurança da Ucrânia", objetivos que Meloni quer abordar com vários parceiros, incluindo os Estados Unidos, com vista a "definir garantias de segurança credíveis e eficazes".Meloni reiterou que "não está previsto" que as tropas italianas possam participar "numa eventual força militar no terreno", uma hipótese na qual Starmer e Macron, principalmente, estão a trabalhar.Lusa.O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assegurou hoje, depois da reunião virtual promovida pelo homólogo britânico, que "seguindo os princípios do direito internacional, estaremos ao lado dos nossos aliados para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro"..Fonte do gabinete do primeiro-ministro salientou que "Portugal tem manifestado disponibilidade para contribuir em conjunto com os seus parceiros europeus, para um quadro de iniciativas que contribuam para alcançar a paz, em linha com os princípios do direito internacional, e para garantir que a mesma possa ser sustentável no tempo".A reunião, em que participaram perto de 30 países europeus e não europeus, "enquadra-se nos contactos em diferentes formatos realizados nas últimas semanas sobre iniciativas de paz e futuras garantias de segurança para a Ucrânia, que têm contado com a participação de Portugal a nível político e militar", referiu a mesma fonte."As discussões neste formato visam abordar a prossecução dos esforços para obtenção de um cessar-fogo, que sirva de base a negociações para uma paz justa e duradoura, suportada por garantias de segurança robustas e eficazes para a Ucrânia", acrescentou o gabinete do primeiro-ministro.O primeiro-ministro entrou nessa reunião por videoconferência a partir do Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, onde esteve também o presidente do Conselho Europeu, António Costa.. A reunião durou cerca de duas horas. No final, Luís Montenegro e António Costa saíram do edifício ao mesmo tempo.*com Lusa.Na reunião virtual com líderes de 25 países promovida este sábado pelo primeiro-ministro britânico concluiu-se que a resposta de Putin ao plano de paz não é suficiente e que os aliados continuam empenhados no compromisso com a segurança a longo prazo e no apoio à Ucrânia. Segue-se uma fase mais operacional, anunciou Kier Starmer em conferência de imprensa."Vamos agora passar a uma fase operacional. As nossas forças armadas reunir-se-ão esta semana, na quinta-feira, aqui no Reino Unido, para estabelecer planos fortes e sólidos para apoiar um acordo de paz e garantir a futura segurança da Ucrânia", anunciou o primeiro-ministro britânico.Segundo Starmer, "este é o momento de iniciar o debate sobre um mecanismo de gestão e controlo de um cessar-fogo total".Nas conclusões apresentadas pelo primeiro-ministro britânico, “o presidente Putin deve provar que leva a paz a sério e assinar um cessar-fogo em termos de igualdade”. “Concordámos que agora a bola está do lado da Rússia”, disse, considerando que os “ataques bárbaros das tropas russas e a hesitação na resposta à proposta de cessar-fogo de 30 dias proposta por Trump e aceite pela Ucrânia “vão totalmente contra o desejo declarado de paz do Presidente Putin”.Reafirmando o compromisso com a segurança e a paz, os países participantes desta reunião, entre os quais Portugal, e os líderes da NATO, Comissão Europeia e do Conselho Europeu defendem que a Ucrânia deve ter capacidade para se defeder. Por isso, prometem dizem-se dispostos a agir como aquilo a que chama "Coalition of the Willing", uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares.“No caso de um cessar-fogo, sublinhamos a necessidade de fortes acordos de monitorização para garantir que quaisquer violações de um acordo são identificadas e denunciadas”, disse Starmer. Caso não aconteça esse cessar-fogo “imediato e incondicional”, “precisaríamos de aumentar os nossos esforços para fortalecer a Ucrânia, enfraquecer a máquina de guerra da Rússia e aumentar a pressão sobre o Presidente Putin para o convencer a vir à mesa das negociações”. Para isso, rematou Starmer, “aceleraremos o nosso apoio militar, reforçaremos as nossas sanções às receitas da Rússia e continuaremos a explorar todas as vias legais para garantir que a Rússia paga os danos que causou à Ucrânia”..O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu este sábado, numa reunião virtual com líderes de 25 países, entre os quais Portugal, que Vladimir Putin terá de sentar-se à mesa das negoiações "mais cedo ou mais tarde" e pediu que se mantenha a pressão sobre a Rússia para um cessar-fogo incondicional."A minha sensação é que mais cedo ou mais tarde [Putin] terá de se sentar à mesa e envolver-se numa discussão séria, mas - e este é um grande 'mas' para nós esta manhã na nossa reunião - não podemos ficar sentados e simplesmente esperar que isso aconteça", disse Starmer, segundo avança o jornal britânico The Guardian, citando a agência PA."Temos de continuar a pressionar, a pressionar e a preparar-nos para a paz, e uma paz que seja segura e duradoura", afirmouPara Staremr, há três formas de o alcançar: fortalecer a Ucrânia, em termos militares e financeiros, para que esta se possa defender; "estramos preparados para defender qualquer acordo" e "manter a pressão sobre Putin".“Se Putin está a falar a sério sobre paz, é muito simples, ele tem de parar os seus ataques bárbaros contra a Ucrânia e aceitar um cessar-fogo", disse, considerando que o presidente ucraniano, por seu lado, "demonstrou mais uma vez que a Ucrânia é partidário da paz, porque concordou e comprometeu-se com um cessar-fogo incondicional de 30 dias". O primeiro-ministro britânico reiterou a necessidade de continuar o trabalho para formar o que chama de "Coalition of the Willing", uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares. Já antes desta videoconferência,o primeiro-ministro britânico tinha avisado que Vladimir Putin não pode "fazer jogos" com o cessar-fogo com a Ucrânia.Luís Montenegro é um dos líderes que participam este sábado nesta conferência virtual organizada pelo Reino Unido para discutir como é que podem contribuir para os esforços de paz na Ucrânia. O encontro, por videoconferência, pretende "aprofundar a forma como os países pretendem contribuir" para a coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz caso seja alcançado um cessar-fogo, avançou o Governo britânico num comunicado.A maioria dos 25 países representados é da Europa, mas também participam o Canadá, a Ucrânia, a Austrália e a Nova Zelândia.A União Europeia e a NATO também estão representadas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acredita que o Presidente russo, Vladimir Putin, "está a tentar adiar, dizendo que tem de haver um estudo minucioso antes de poder haver um cessar-fogo, mas o mundo precisa de ver ação, não um estudo ou palavras vazias e condições inúteis".O encontro virtual acontece após ataques russos contra a cidade de Krivoi Rog, no centro da Ucrânia, nas últimas horas terem feito pelo menos 12 feridos, incluindo uma criança de dois anos e um rapaz de 15.O chefe da administração militar regional de Dnipropetrovsk, Sergii Lisak, região a que pertence a cidade, informou na sexta-feira que seis pessoas foram hospitalizadas com ferimentos na cabeça, hematomas e cortes. Quatro edifícios de apartamentos foram danificados, além de instalações comerciais e de comunicação em Krivoi Rog.O presidente ucraniano garantiu este sábado que as tropas ucranianas ainda estão a repelir as forças russas e norte-coreanas na região de Kursk, mas enfrentam um possível novo ataque na região nordeste de Sumy.Numa declaração nas redes sociais, Zelensky disse que as tropas de Kiev não estavam cercadas em Kursk, mas que Moscovo estava a acumular forças nas proximidades para um ataque separado. "Isto indica uma intenção de atacar a nossa região de Sumy", disse. "Estamos conscientes disso e vamos combatê-lo", garantiu, depois de, na quinta-feira, a Guarda Nacional russa ter dito que as tropas ucranianas estavam a retirar-se da região fronteiriça de Kursk, parcialmente controlada por Kiev desde agosto de 2024.O ministro dos Negócios Estrangeiros português revelou na sexta-feira, deois de se ter encontrado com Volodymyr Zelensky em Kiev, na Ucrânia, que o presidente ucraniano acredita que "existe realmente uma possibilidade de se chegar a um acordo", mas quer que todas as partes "façam o seu trabalho" .No final de uma visita de um dia a Kiev, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros acrescentou que o Presidente ucraniano advertiu que é necessário partir do princípio de "que a Ucrânia tem de ser parte ativa e principal das negociações", assim como os "parceiros europeus, os que são da União Europeia e os que não são"."Eu acho que, sinceramente, está confiante", admitiu Paulo Rangel, acrescentando que se nota algum cansaço em Zelensky, considerando, contudo, que "está presente o discurso de esperança" face à possibilidade de um cessar-fogo de 30 dias que seja o princípio de uma solução de paz. .Rangel diz que Zelensky acredita que "realmente é possível acordo" para uma trégua. Esta semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou "questões importantes" que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.O G7 expressou na sexta-feira, numa declaração final após uma reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros, o seu "apoio inabalável" à "integridade territorial" da Ucrânia e ameaçou a Rússia com novas sanções se não apoiar a proposta norte-americana de uma trégua de 30 dias, já aceite por Kiev mas que encontrou resistências do Kremlin.Com Lusa