Suspeito foi transportado de helicóptero para o tribunal.
Suspeito foi transportado de helicóptero para o tribunal.THOMAS KIENZLE / AFP

Sírio confessou autoria de ataque na Alemanha

O suspeito, Issa Al H., entregou-se à polícia. Estado Islâmico reivindicou atentado que matou três pessoas em Solingen.
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O cidadão sírio que confessou a autoria do ataque que matou três pessoas e feriu outras oito num festival em Solingen, na Alemanha, ficou este domingo em prisão preventiva. O suspeito, identificado como Issa Al H. (o apelido não foi revelado por privacidade), vai ficar detido por “fortes suspeitas de pertencer a um grupo terrorista”, além de “assassínio” e “tentativa de homicídio”.

O ataque, na sexta-feira à noite, foi reivindicado pelo Estado Islâmico, que alegou que foi uma ação de “vingança pelos muçulmanos na Palestina e em todo o lado”. Mas não forneceu mais informações ou provas no comunicado partilhado pela agência Amaq.

O suspeito, de 26 anos, entregou-se às autoridades no sábado à noite, quase 24 horas após o ataque. Segundo a polícia, confessou “ser responsável” pelos esfaqueamentos em Solingen. Este domingo, foi transportado de helicóptero até ao Tribunal Federal de Karlsruhe para a primeira audiência. O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, indicou que não constava das listas de extremistas considerados perigosos.

De acordo com a revista Spiegel, Issa chegou à Alemanha em dezembro de 2022 e pediu asilo. Contudo, ao abrigo das regras europeias, estes pedidos devem ser analisados no país de entrada na União Europeia - neste caso a Bulgária. As autoridades alemãs entregaram o pedido de transferência aos búlgaros, que aceitaram, e o sírio devia ter sido deportado em junho do ano passado.

Contudo, as tentativas para o fazer falharam e o prazo para a transferência expirou há um ano, fazendo com que a Alemanha ficasse responsável pelo processo. As autoridades acabaram por lhe conceder proteção e um subsídio, vivendo desde setembro num centro de refugiados de Solingen - alvo de buscas pela polícia e onde foi detida outra pessoa, que terá sido “testemunha”. Um jovem de 15 anos também foi preso por não denunciar o ataque. 

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