O exército da Coreia do Sul realizou esta terça-feira disparos ao sul da fronteira com o Norte, em resposta a detonações levadas a cabo por Pyongyang para destruir estradas em território norte-coreano que ligavam os dois países..O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês) "respondeu disparando ao sul da Linha de Demarcação Militar" depois de o Norte fazer explodir trechos de estradas nas vias de Gyeongui e Donghae por volta do meio-dia local (04:00 em Lisboa), informou em comunicado..Na semana passada, Pyongyang anunciou que estava a cortar e a fortificar estradas e caminhos-de-ferro que ligam ao Sul, em resposta a uma emenda constitucional recentemente aprovada que terá redesenhado unilateralmente as fronteiras do país, por ordem do líder Kim Jong-un..Líder da Coreia do Norte apresenta "ação militar imediata" face a tensões com Sul.O líder da Coreia do Norte apresentou uma "ação militar imediata" numa reunião de alto nível sobre segurança nacional, num contexto de tensões acrescidas com a Coreia do Sul, avançou a imprensa estatal norte-coreana..Kim Jong-un "definiu a direção da ação militar imediata e indicou as tarefas importantes a realizar no quadro da dissuasão da guerra e do exercício do direito à autodefesa", informou a agência de notícias KCNA..Os mais altos responsáveis pela segurança do país, incluindo o chefe do exército e os ministros da Segurança e da Defesa Nacional, participaram na reunião de segunda-feira..O encontro realizou-se numa altura de fortes tensões entre as duas Coreias..A Coreia do Norte, que acusou o Sul de enviar 'drones' com panfletos de propaganda para Pyongyang, enviou reforços para a fronteira e avisou que o lançamento de mais um 'drone' seria considerado "uma declaração de guerra".."O nosso exército está a acompanhar de perto a situação e está totalmente preparado para responder às provocações do Norte", reagiu na segunda-feira o porta-voz do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, Lee Seong-joon, criticando Pyongyang pelas acusações "sem vergonha"..O regime norte-coreano queixou-se da presença de vários 'drones' desde o início de outubro, que lançaram panfletos de propaganda com "rumores inflamatórios e disparates" sobre a capital, e acusou Seul de ser o responsável..Durante a reunião, foi apresentado um relatório sobre as "graves provocações do inimigo" e Kim "expressou uma posição política e militar firme", ainda de acordo com a KCNA..O Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, negou inicialmente que Seul fosse responsável pelo envio dos aparelhos aéreos não tripulados. O JCS disse mais tarde que não podia "confirmar se as alegações norte-coreanas eram verdadeiras ou não"..Grupos do Sul costumam enviar propaganda e dólares norte-americanos para o Norte, normalmente por balão..Embora as duas Coreias permaneçam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou num armistício e não num tratado de paz, o Comando das Nações Unidas na Coreia, que supervisiona o armistício, afirmou ter conhecimento das acusações norte-coreanas.."O comando está atualmente a investigar em estrita conformidade com o acordo de armistício", afirmou.