Rússia liberta bailarina que esteve presa mais de um ano por ter doado 50 dólares para ajudar a Ucrânia
Em fevereiro de 2024, a ex-bailarina Ksenia Karelina foi presa pelas autoridades russas acusada de traição. O motivo? Doou na altura 50 dólares (cerca de 45 euros) a uma instituição de caridade ucraniana.
Mais de um ano depois, Karelina foi libertada por Moscovo e chegou esta quinta-feira ao Estados Unidos, no âmbito de uma troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA realizada numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações.
Detida em fevereiro de 2024, a antiga bailarina, que tem nacionalidade russa e norte-amricana, foi condenada por um tribunal russo a 12 anos de prisão por acusações de "traição". As autoridades dos EUA classificaram na altura o caso como “absolutamente absurdo”.
A bailarina de dupla nacionalidade foi condenada em 2024 por um tribunal russo a 12 anos de prisão por acusações de "traição". Ksenia Karelina está de regresso a casa, depois de ter passado um ano detida na Rússia por ter doado 36 euros a uma associação de caridade que apoia a Ucrânia.
Karelina, também identificada por alguns meios de comunicação como Ksenia Khavana, morava em Maryland, nos EUA, antes de se mudar para Los Angeles. E foi presa quando regressou à Rússia para visitar a família no ano passado.
“Eles libertaram a jovem bailarina, e isso é bom. Agradecemos por isso”, reagiu o presidente Donald Trump numa reunião na quinta-feira, confirmando que a libertação se deveu a conversas que manteve com Vladimr Putin.
Ksenia Karelina é um dos muitos americanos presos na Rússia nos últimos anos, resultado do aumento das tensões entre Moscovo e Washington devido à guerra na Ucrânia.
A sua libertação é a mais recente de uma série de trocas de prisioneiros realizadas entre os dois países - a segunda desde que Trump assumiu a presidência.
“Estou emocionado ao saber que o amor da minha vida está a caminho de casa após uma detenção injusta na Rússia”, disse o noivo de Karelina, o pugilista Chris van Heerden.
“Ela enfrentou um pesadelo de 15 meses e mal posso esperar para abraçá-la", acrescentou.
No sentido contrário, os EUA libertaram Arthur Petrov, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Petrov tinha sido preso no Chipre, em agosto de 2023, a pedido dos EUA.
Sobre as trocas, o diretor da CIA, John Ratcliffe, elogiou “os agentes que trabalharam incansavelmente para apoiar este esforço”.
A CIA também vincou que “a troca mostra a importância de manter canais de comunicação abertos com a Rússia, apesar dos profundos desafios na relação bilateral”.